sábado, 12 de abril de 2008

O ramo de flores no museu


Ó Cinérea Princesa, as vossas flores
Ficarão para sempre mais perfeitas,
Já que o tempo extinguiu brilho e cores

Já que o tempo extinguiu a habilidosa
Mão que levou, serenas e discretas,
A tulipa sucinta e ardente rosa.

Não há mais ilusão de outra presença
Que a do Amor que inspirou graças tão finas
Que ninguém viu e que ninguém mais pensa
Porque o homem e o mundo são de ruínas.
E este ramo de pétalas franzinas,
Leve, liberto da mortal sentença,
Tinha, ó Princesa, fábulas divinas
Em cada flor, sobre o nada suspensa.

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Cecília Meireles
_____________________________________ pintura manet

4 comentários:

  1. e suspensa desta pétala deixo o meu ramo.



    .



    sempre.



    . alma.

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  2. Porque o homem e o mundo s�o de ru�nas...


    palavras para qu�?

    Beijo

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  3. "TU AINDA ME CHAMAS A TUA VIDA...
    MAS A VIDA É SÓ O QUE DESAPARECE E CORRE...
    ANTES ME CHAMES A TUA ALMA
    QUE COMO ALMA O MEU AMOR NÃO MORRE"

    lORD bYRON

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  4. olá isabel victor!
    a pintura muitas vezes invade o olhar dos cineasta e este belo quadro de Manet foi citado por Rohmer num dos seus contos morais,em que o amor vivia às seis da tarde.
    cineabraços e bom fim-de-semana
    paula e rui lima

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