sexta-feira, 15 de maio de 2015

Arte-Mediação: Promoção da Interculturalidade

(...) a pretensão de representar uma cultura em vez de indivíduos e a necessidade/facilidade de simplificar por via da compartimentação e rigidez das categorizações sobre o “Outro”; a ideia de que o diálogo intercultural através da arte não alimenta tensões; e a identidade como uma matriz fechada, em detrimento da ideia de pertenças múltiplas.



http://nomundodosmuseus.hypotheses.org/6014







Alguns personagens de poemas são vazados de pessoas da minha cidade, mas espero estejam transvazados no poema, nimbados de realidade. É pretensioso? Mas a poesia não é a revelação do real? Eu só tenho o cotidiano e meu sentimento dele. Não sei de alguém que tenha mais. O cotidiano em Divinópolis é igual ao de Hong-Kong, só que vivido em português.




(Poeta mineira de Divinópolis)

Adélia Prado 


sábado, 11 de abril de 2015





A arte de perder não é nenhum mistério
tantas coisas contém em si o acidente
de perdê-las, que perder não é nada sério.
Perca um pouco a cada dia. Aceite austero,
a chave perdida, a hora gasta bestamente.
A arte de perder não é nenhum mistério.
Depois perca mais rápido, com mais critério:
lugares, nomes, a escala subsequente
da viagem não feita. Nada disso é sério.
Perdi o relógio de mamãe. Ah! E nem quero
lembrar a perda de três casas excelentes.
A arte de perder não é nenhum mistério.
Perdi duas cidades lindas. Um império
que era meu, dois rios, e mais um continente.
Tenho saudade deles. Mas não é nada sério.
Mesmo perder você ( a voz, o ar etéreo, que eu amo)
não muda nada. Pois é evidente
que a arte de perder não chega a ser um mistério
por muito que pareça (escreve) muito sério.




Elizabeth Bishop 

Escritora americana , umadas mais importantes poetas do século XX a escrever na língua inglesa. 
Foi a primeira mulher a receber o prêmio internacional Neustadt de Literatura ( 1976) 

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