quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

Amavisse




Como se te perdesse, assim te quero.
Como se não te visse (favas douradas
Sob um amarelo) assim te apreendo brusco
Inamovível, e te respiro inteiro
Um arco-íris de ar em águas profundas.
Como se tudo o mais me permitisses,
A mim me fotografo nuns portões de ferro
Ocres, altos, e eu mesma diluída e mínima
No dissoluto de toda despedida.
Como se te perdesse nos trens, nas estações
Ou contornando um círculo de águas
Removente ave, assim te somo a mim:
De redes e de anseios inundada.


Hilda Hilst
Amavisse - São Paulo: Massao Ohno Editor, 1989
Descobri esta intrigante e vertiginosa poeta, há uns anos, em S. Paulo, numas estantes da " Livraria Cultura ", gostei, devorei e apetece-me sempre assim e muito mais! ...

Celebro ...

com beleza este MEU DIA !

Convoco-vos para a celebração, à volta desta árvore,
para além desta árvore ...
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num imenso azul ...

Inspira-me saber-vos aí, por aqui, neste 28 de Fevereiro !






É o desejo que cria o desejável
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e o projecto que lhe põe fim

Beauvoir, Simone de

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

Por exemplo ...

in http://www.epa-prema.net/


" Un patrimoine pour mieux se connaître et mieux se faire comprendre "

Dernières nouvelles
[12 au 16/02] Lancement du programme les Musées au service du développement (Msd) et premier atelier sur les relations Ecole/Musée.

[15/01] Notre Rapport d'activités 2006 est en ligne. Vous pouvez le consulter en version HTML ou en version PDF (266 Ko).
Plus d'infos...

L’EPA, basée à Porto-Novo, Bénin, est un établissement universitaire de 2ème cycle à vocation internationale, spécialisé dans la conservation et la médiation du patrimoine culturel tangible et intangible.
Elle propose à 26 pays d’Afrique subsaharienne francophone, de former des professionnels de la conservation et de la mise en valeur du patrimoine culturel .

Depuis sa création en 1998, l’EPA a formé 340 professionnels du patrimoine africains, monté 3 expositions, organisé une conférence internationale, publié 25 rapports, une chronique, un guide touristique et 8 sites Internet, réalisé 4 enquêtes.
EPA - Ecole du Patrimoine Africain 01 BP 2205, Porto-Novo - Bénin
tél: (229) 20 21 48 38
fax: (229) 20 21 21 09

I Love ...


É Domingo ...

domingo, 25 de fevereiro de 2007

Notas soltas no " Caderno de Campo "



fotografias de S.

Timor no Museu do Trabalho ...



































Momentos vividos, saboreados, aqui recriados, da Tarde Intercultural de Timor ...

Acolher as pessoas ...

Acolher as ideias ...

Adivinhar os problemas ...

Acarinhar os desejos ...

Expor evidências, os símbolos, artefactos ...

Dar espaço à arte ...

Ouvir as músicas cantadas em Tétum (que um dia será língua oficial de Timor ?) pela voz quente de José Amaral ...

Provar Sassate e Tukir, comidas Timorenses feitas pela Bela e pelo Nelson ...

e ... nos bastidores :

a Lúcia, mestranda em Museologia, regista receita e observa procedimentos (ali no momento, a par e passo ...)

a Maria Miguel constroi o powerpoint (sobre o quê e porquê de pessoas, comidas, músicas, poesias e utopias, no Museu)

a Lucinda atende o telefone (notícias de última hora !)

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Amigos, famílias e ... tantos outros e outras que vieram por bem, juntaram-se ... para ouvir música, falar do riquíssimo património linguístico de Timor, da dimensão histórica e política da Língua Portuguesa nestas paragens, da importância identitária e unificadora do Tétum, dos rituais que caracterizam e diferenciam as várias comunidades línguísticas timorenses e os complexos mundos simbólicos que coexistem neste pequeno território, para ouvir falar (com espanto) das casas sagradas e da tradição oral, para escutar as poesias de Ruy Cinatti, Fernando Silvan e Borja da Costa, para saborear, à volta da grande mesa do museu, os gostos das comidas timorenses ... para estar a par!


Foi assim, no sábado, a 24 de Fevereiro ...

no Museu do Trabalho Michel Giacometti






http://www.rpmuseus-pt.org/Pt/cont/fichas/museu_94.html













sábado, 24 de fevereiro de 2007

As mãos

Ver »»»»»»»»»»»»»»» intruso

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Com mãos se faz a paz se faz a guerra.

Com mãos tudo se faz e se desfaz.

Com mãos se faz o poema - e são de terra.

Com mãos se faz a guerra - e são a paz.

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Com mãos se rasga o mar. Com mãos se lavra.

Não são de pedras estas casas, mas

de mãos. E estão no fruto e na palavra

as mãos que são o canto e são as armas.

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E cravam-se no tempo como farpas

as mãos que vês nas coisas transformadas.

Folhas que vão no vento: verdes harpas.

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De mãos é cada flor, cada cidade.

Ninguém pode vencer estas espadas:

nas tuas mãos começa a liberdade.

" As mãos " Manuel Alegre


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Hoje,
assim ...

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007

" O Poeta e o Sábio " (1)


Utopia


Cidade

Sem muros nem ameias

Gente igual por dentro

gente igual por fora

Onde a folha da palma

afaga a cantaria

Cidade do homem

Não do lobo mas irmão

Capital da alegria

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Braço que dormes

nos braços do rio

Toma o fruto da terra

E teu a ti o deves

lança o teu

desafio

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Homem que olhas nos olhos

que não negas

o sorriso a palavra forte e justa

Homem para quem

o nada disto custa

Será que existe

lá para os lados do oriente

Este rio este rumo esta gaivota

Que outro fumo deverei seguir

na minha rota?



José Afonso


Postado por DUARTE VICTOR no BLOGAMARGEM

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(1) Dedico, hoje, " O Poeta e o Sábio" ao intemporal José Afonso para que se mantenha vivo e desassossegue ...

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O Poeta e o Sábio


A alma exprime o natural sobrenaturalizado, isto é, dum modo original, porque a alma, oriunda de tudo, é senhora de tudo, independente. Sendo todas as coisas, é outra coisa. É todas as árvores e a Árvore. Quando se exalta e canta, num poeta, pode atingir a Divindade, vence o tempo e o espaço, as duas barreiras tenebrosas. Mas o sábio pretende observar o mundo, com uma isenção perfeita, surpreender a realidade limpa de detritos humanos, materialmente pura. Deseja aniquilar a sua personalidade criadora, em benefício do senso crítico. Conseguirá ele, um dia, isolar-se, por completo, dessa personalidade contagiosa? e, distanciado de si mesmo, falecido em si mesmo, contemplar o universo, com uns olhos de caveira inteligente?

Teixeira de Pascoaes, in 'O Homem Universal'

in Blog do Citador

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007

Hans-Christian Andersen, inspirou ...








Documentário de António Aleixo, realizado na sequência do programa comemorativo do 2º Centenário do nascimento do escritor dinamarquês, a partir de imagens da oficina de construcção dos materiais cénicos e do próprio espectáculo " Hans Christian Andersen - um retrato a três dimensões " criado pelo grupo "Neocirca".

Este espectáculo marcou o início da digressão da exposição em Portugal, a partir de Setúbal, no ano de 2005. A deambulação dos personagens teve lugar em ruas, largos e praças do Centro Histórico da cidade de Setúbal e no Museu do Trabalho Michel Giacometti. A exposição esteve patente ao público, durante um mês e registou perto de 3000 visitantes.

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Agradecimentos a Niels Fisher, designer dinamarquês, estudioso de Hans-Christien Andersen e empenhado divulgador da sua obra em Portugal, que dinamizou, patrocinou e comissariou a exposição que reuniu trabalhos de 15 artistas plásticos portugueses e todos os eventos de natureza cultural e artística associados, assim como a edição dos contos (tradução revista) e outros materiais- livro de divulgação da multifacetada obra do genial Andersen.

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007

NO MUSEU ...


Recomendo ...



Logo que acabei de editar o post " Cadela rosada ", poema de Elizabeth Bishop, veio-me à memória uma noite de teatro inesquecível, em S. Paulo, no ano de 2001, em que tive o privilégio de assistir ao monólogo " Um porto para Elizabeth Bishop ", protagonizado por Regina Braga, numa encenação notável da peça escrita pela jornalista Marta Góes sobre a poeta norte-americana Bishop quando morou no Brasil, entre 50 e 70.
Inicia-se com a chegada de Elizabeth Bishop ao Porto de Santos e ... perdemo-nos no tempo.
Deslumbrada com a representação, comprei logo, no dia seguinte, o livro, que guardo religiosamente na minha estante (comprei dois, o outro entreguei-o em boas mãos).
Para além de um retrato psicológico da escritora e uma gostosa deambulação pela sua vida afectiva, esta obra também acaba por ser um excelente retrato de época e um olhar crítico sobre o pensamento, arte, arquitectura e estrutura de poder do Brasil, em particular do Brasil Carioca.
Inspirada ... não resisti em alterar (adaptar) a parte final do programa do Seminário em Museologia que me tinha sido, honrosamente, confiado pela minha amiga Cristina Bruno que, na altura, coordenava cientificamente o Curso de pós-graduação em Museologia na USP - Universidade de S. Paulo e discuti efusivamente, com os alunos, este belíssimo texto, procurando cativar futuros museólogos a integrar os patrimónios literários e o drama na práticas museológicas.
Nunca mais parei de gostar (e de tornar a gostar ) de Elizabeth Bishop ... espanta-me como de tanta infelicidade e contrariedade nasceu uma obra tão sublime.
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One Art

The art of losing isn't hard to master;
so many things seem filled with the intent
to be lost that their loss is no disaster.
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Lose something every day. Accept the fluster
of lost door keys, the hour badly spent.
The art of losing isn't hard to master.
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Then practice losing farther, losing faster:
places, and names, and where it was you meant
to travel. None of these will bring disaster.
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I lost my mother's watch. And look! my last, or
next-to-last, of three loved houses went.
The art of losing isn't hard to master.
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I lost two cities, lovely ones. And, vaster,
some realms I owned, two rivers, a continent.
I miss them, but it wasn't a disaster.
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-Even losing you (the joking voice, a gesture
I love) I shan't have lied. It's evident
the art of losing's not too hard to master
though it may look like (Write it!) like disaster.

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Elizabeth Bishop, "One Art"
Ouvir /Ver View a video clip of the Elizabeth Bishop poem "One Art".

terça-feira, 20 de fevereiro de 2007

O Carnaval revisitado : memórias históricas, discursos e representações



O Carnaval na Idade Média: Discursos, Imagens, Realidades
Le Carnaval au Moyen Âge: Discours, Images, Réalités
Colóquio Internacional
Colloque International

Angra do Heroísmo, Praia da Vitória 19 - 22 Fevereiro de 2007
19 - 22 Février 2007

Arrabal saíu à rua ...


assim, neste Carnaval !
Personagens " Pic-nic no campo de batalha " -TAS / Setúbal -2007

" Uma cadela no Carnaval "



Elizabeth Bishop (1911-1979)

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CADELA ROSADA
Rio de Janeiro


Sol forte, céu azul. O Rio sua.
Praia apinhada de barracas. Nua,
passo apressado, você cruza a rua.

Nunca vi um cão tão nu, tão sem nada,
sem pêlo, pele tão avermelhada...
Quem a vê até troca de calçada.

Têm medo da raiva. Mas isso não
é hidrofobia — é sarna. O olhar é são
e esperto. E os seus filhotes, onde estão?

(Tetas cheias de leite.) Em que favela
você os escondeu, em que ruela,
pra viver sua vida de cadela?

Você não sabia? Deu no jornal:
pra resolver o problema social,
estão jogando os mendigos num canal.

E não são só pedintes os lançados
no rio da Guarda: idiotas, aleijados,
vagabundos, alcoólatras, drogados.

Se fazem isso com gente, os estúpidos,
com pernetas ou bípedes, sem escrúpulos,
o que não fariam com um quadrúpede?

A piada mais contada hoje em dia
é que os mendigos, em vez de comida,
andam comprando bóias salva-vidas.

Você, no estado em que está, com esses peitos,
jogada no rio, afundava feito
parafuso. Falando sério, o jeito

mesmo é vestir alguma fantasia.
Não dá pra você ficar por aí à
toa com essa cara. Você devia

pôr uma máscara qualquer. Que tal?
Até a quarta-feira, é Carnaval!
Dance um samba! Abaixo o baixo-astral!

Dizem que o Carnaval está acabando,
culpa do rádio, dos americanos...
Dizem a mesma bobagem todo ano.

O Carnaval está cada vez melhor!
Agora, um cão pelado é mesmo um horror...
Vamos, se fantasie! A-lá-lá-ô...!
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"Cadela Rosada" (Pink Dog) é um dos últimos poemas de Elizabeth Bishop, uma americana com fortes ligações com o Brasil.
Embora concluído em 1979, "Cadela Rosada" começou a ser escrito muitos anos antes. Refere-se a um episódio famoso, de 1962, quando se denunciou que mendigos cariocas estariam sendo assassinados pelo Esquadrão da Morte, que lançava os cadáveres no rio da Guarda.
Elizabeth Bishop identifica a cadela rosada com um mendigo. E pergunta: se estão fazendo isso com seres humanos, o que não farão com uma pobre cadela sarnenta? Mas é interessante também fazer outra leitura: em inglês, bitch (cadela) é, também, prostituta. Então, muitos analistas vêem nesse animal uma metáfora da condição feminina.
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segunda-feira, 19 de fevereiro de 2007

Para reflexão ...


The Lost: A Search for Six of Six Million Daniel Mendelsohn


cena citada no recente livro de Daniel Mendelsohn, The Lost, A Search for Six of Six Million , na qual é descrita a segunda acção nazi em Bolechow, na Polónia, em 1942:



Um episódio terrível aconteceu com a senhora Grynberg. Os ucranianos e os alemães irromperam pela sua casa e encontraram-na prestes a dar à luz. As lágrimas e as súplicas dos familiares não ajudaram e ela foi levada de casa em camisa de noite e arrastada para a praça em frente da Câmara Municipal.


Ali ela foi arrastada para um contentor de lixo no pátio da Câmara, onde a multidão de ucranianos presentes dizia piadas e ria das suas dores de parto, até que ela deu à luz. A criança foi imediatamente arrancada dos seus braços, ainda com o cordão umbilical, e atirada ao ar – foi espezinhada pela multidão e ela ficou de pé à medida que sangue escorria do seu corpo, com pedaços pendurados a sangrar, e permaneceu desta forma algumas horas encostada à parede da Câmara Municipal. Depois foi com todos os outros para a estação de caminho de ferro de onde foi levada de comboio para Belzec.


encontrei esta referência no excelente blog http://ruadajudiaria.com/?cat=5 onde num post intitulado Este Holocausto será diferente se coloca a pertinente afirmação :




"No próximo holocausto não haverá cenas destas de cortar o coração, de criminosos e vítimas ensopados em sangue.

Mas será na mesma um holocausto."

domingo, 18 de fevereiro de 2007

Sugestão ...






Vagueando pela net, entre dicas e escritas, encontrei um interessante blog dedicado a Dominic Aury ( Anne Desclos - 1907), autora " d’Histoire d’O ", obra- prima da literatura erótica, publicada em 1954. A vida apaixonada e apaixonante desta mulher (escritora, tradutora, editora, jornalista), vivida entre segredos, pseudónimos e clandestinidades, merece o detalhe do nosso olhar . . .

http://biodominiqueaury.blogspot.com/





Al Berto

Fotografia de Paulo Nozolino

"Sinto-me como se tivesse cegado por excesso de olhar o mundo", O Medo, pag. 261.


sexta-feira, 16 de fevereiro de 2007


Por sugestão do blog http://patrimonios.blog.com/ fomos pesquisar esta documentação de extrema importância para a temática em debate na próxima Tarde Intercultural, Sábado, dia 24 de Fevereiro no Museu do Trabalho Michel Giacometti.



ARQUIVO de HISTÓRIA SOCIAL

Pesquisar no campo...

Núcleo Timor
Trata-se do álbum «Colónia Portuguesa de Timor», mais conhecido por
«Álbum Fontoura», nome do governador que o mandou elaborar em finais dos anos 30, e coincidindo, então, com a permanência em Timor de uma missão geográfica e geológica, chefiada pelo geógrafo Jorge Castilho.
Contém 549 fotografias relativas a «grupos étnico-linguísticos e tipos em geral», «trajos, ornamentos, pertences e armas», «vida familiar e social», «formas de trabalho (…), arte indígena e instrumentos musicais» e «acção civilizadora e colonizadora».
Este exemplar do álbum, recuperado após Abril de 1974 pelo antropólogo, professor António de Almeida, foi depositado no AHS, pela «Família Almeida», através do Doutor Pedro Cardim.


Em 2003, foram oferecidos aos Arquivos Nacionais de Timor um fac-simile e um CD-ROM deste álbum, elaborados pelos Arquivo & Biblioteca da Fundação Mário Soares e com os apoios da OCT e ICCTI.

Ver o «
Álbum Fontoura»

Passagem de nível com guarda


"Passagem de Nível - vigiada por uma zelosa Guarda trajada com a indumentária da década de 40 (...) "
Museu Ferroviário de Lousado
Nas Antigas Oficinas do Caminho de Ferro de Guimarães







quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007

Amor no Museu

http://www.imultimedia.pt/museuvirtpress/port/framedestasq7.html

Concurso

O Museu Nacional da Imprensa iniciou, dia 14, a sétima edição do "Concurso de Textos de Amor originais". Uma iniciativa especial do museu para assinalar o Dia dos Namorados, e que se prolonga até dia 21. Durante a semana dos namorados, o museu está aberto à recepção de textos originais alusivos ao amor e os visitantes poderão imprimir poemas de carácter amoroso.
Como fonte de inspiração para o concurso, os visitantes do Museu poderão, durante a semana, imprimir manualmente, nos vários prelos existentes na exposição permanente "Memórias Vivas da Imprensa", as Cantigas de Amor de D. Dinis e poemas de Bocage. Podem ainda apreciar a mostra de pintura "José Saramago segundo Agostinho Santos: Pintura e Desenho" e ver Cinco desenhos originais feitos por Eça de Queirós e um busto do romancista esculpido por Rafael Bordallo Pinheiro, em 1901, na exposição "Eça em Caricatura".As mensagens concorrentes devem ser registadas num impresso próprio, disponível nas instalações daquele Museu e/ou no Museu Virtual da Imprensa.

O Centro Memória do Carnaval foi inaugurado em 4 de agosto de 2004, como parte da celebrações do 20º aniversário da Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro. Com um banco de dados totalmente informatizado, possui o maior número de informações sobre o Carnaval Carioca. Os visitantes podem obter informações sobre desfiles das Escolas de Samba e outras manifestações carnavalescas através de mais de 20 mil itens de consulta, reunidos em impressos (livros, jornais, boletins etc), fotos, gravuras, fitas de áudio e VHS, discos de vinil, CDs e DVDs. O local dispõe ainda de uma sala de projeção, duas salas para os arquivos do Departamento Cultural e um Núcleo de Informática para consulta e organização do banco de dados.
O grande destaque do acervo são as colecções dos pesquisadores Amauri Jório e Hiram Araújo, que reúne a história das Escolas de Samba do Rio de Janeiro e a do antigo Museu do Carnaval, no Sambódromo, cedida pela Prefeitura do Rio.
Localização: Avenida Rio Branco, 4/2º andar. Praça Mauá. Informações: (21) 2253 7676 ou
in Boletim eletrônico nº 138 - ano 4 - 15/02/2007 - Demu/Iphan

Revista MUSAS (nº2)

-

Turismo, o lazer e o prazer nos museus

-Relações sociais e de gênero nas instituições museológicas
-Acções educativas
-Pesquisas de públicos
-Projetos de acessibilidades e inclusão social
-Políticas públicas de cultura e dos sistemas de museus

Ensaio fotográfico sobre os públicos jovens em museus


publicaçoes@iphan.gov.br

Pelas areias de Portugal ...








Num perímetro de cem metros quadrados, numa conhecida praia a Sul, encontrámos este " concheiro " , a céu aberto, datado de inícios do sec XXI, que atesta a presença humana no local e constituí preciosa informação sobre os modos de vida, alimentação, mentalidade e estádio de desenvolvimento das populações autóctones.

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007


http://www.museudapessoa.net/MuseuVirtual/home/resources/homesPublicadas/MVHM_4.html

AGORA SIM !




Agora SIM, o Estado português tem que tomar medidas para apoiar as mulheres. Garantir as condições de saude que a livre escolha impõe. Promover seriamente a educação sexual e a prevenção do aborto clandestino. Ficamos vigilantes ...
Estão de parabéns os inspirados " Gatos fedorentos " que através da arte maior, que é o humor, puseram na devida medida aqueles (aquele) que se julgam (julga) a medida de todas as coisas !
Há momentos que merecem celebração ! Há questões de príncipio das quais não nos podemos demitir ! Agora SIM !

domingo, 11 de fevereiro de 2007

Movimento perpétuo


Os dias de " ir a votos " são, para mim, muito especiais. Há um misto de festa e solenidade no acto de votar. Gosto de me levantar muito cedo, ir para a rua, tomar o pulso ás pessoas, ás conversas e aos reencontros e ... ficar assim, a vadiar pelas memórias.
Cumprido o ritual, gosto de regressar a casa e ficar , numa espécie de retiro, a saborear o dia ...
Ouço agora o mestre em " movimento perpétuo " , recordo a sua imagem, em raros e prodigiosos concertos a que assisti e aguardo serenamente ...



http://www.anos60.com/portugal/carlos_paredes/



Museums, Society, Inequality” (2002)

Museums, Prejudice and the Reframing of Difference” (2006)

"
Museum Management and Marketing” (Fev 2007)

Richard Sandell pertence ao “Department of Museum Studies-Leicester University” do Reino Unido e tem desenvolvido investigação sobre o função social das organizações culturais e muito particularmente dos museus, no combate ao preconceito e às desigualdades.
Mais sobre o autor.

Destacamos:

Museums, Prejudice and the Reframing of Difference
Autor:Richard SandellPublicação: 27/10/2006
Desc. Física: 240 p.ISBN: 9780415367493ISBN-10: 0415367492

O livro estrutura-se da seguinte forma:
1. Museums and the Good Society 2. On Prejudice and Difference 3. The Visitor-Exhibition Encounter: Rethinking Media-Audience Agency 4. Museums and the Mediascape 5. Revealing Hidden Histories and Displaying Difference 6. Museums and Social Responsibility

sábado, 10 de fevereiro de 2007

Sobre o Autor

(encontrei, neste interessante blog "Rua da Judiaria" um estudo sobre a temática do aborto que merece consulta)

"Exactamente com este título, publiquei aqui há quase três anos um texto do rabino Abraão Assor Z’L, líder espiritual da comunidade judaica de Lisboa entre 1941 a 1993. Na altura, as posições defendidas no texto foram bastante comentadas na blogosfera, especialmente pelo facto de, pela sua abertura, elas constituírem um dado completamente inesperado no campo religioso.
A poucos dias do referendo em Portugal, vale a pena reler esta contribuição para o debate público do tema:

O silêncio dos monges



Philip Gröning

Documentário sobre a vida no mosteiro “Grande Chartreuse”, em França.



O Grande Silêncio” é o primeiro filme sobre o ambiente vivido no interior da casa-mãe da Ordem dos Cartuxos.

Em exibição no cinema Nimas, em Lisboa

mms://streamingmedia.rr.pt/videos/12101224732b50b.wmv

SIM


CONTRA A CHAGA DO ABORTO CLANDESTINO


ouça Júlio Machado Vaz

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2007

Olga Moraes Sarmento



'A Colecção de Autógrafos de Olga Moraes Sarmento' é o título de uma exposição patente até 10 de Fevereiro, no Museu Sebastião da Gama, em Azeitão.

A mostra, é composta por autógrafos em livros, postais e em cartas de personalidades portuguesas e estrangeiras dos séculos XIX e XX.
A colecção provém do acervo do Museu de Setúbal/Convento de Jesus, na sequência de uma doação que Olga de Moraes Sarmento fez à Câmara Municipal da sua biblioteca e colecção de arte.A exposição permite apreciar alguns dos autógrafos dessa colecção e, através deles, vislumbrar os interesses, as motivações e o meio intelectual com o qual Olga Moraes Sarmento se identificava.
Nascida em Setúbal em 1881, Olga Moraes Sarmento foi uma apreciadora da obra e do pensamento de grandes personalidades, tendo viajado muito, acabando por fixar residência em Paris.
Por isso, a sua colecção não se resume à compilação das missivas que lhe foram pessoalmente endereçadas por figuras da sua geração, incluindo também a recolha de autógrafos de figuras do meio intelectual, artístico, político e aristocrático, especialmente dos séculos XIX e XX. Destacam-se, contudo, duas cartas de outros períodos históricos: a do Marquês de Pombal e a do Rei Luís XIII de França (único pergaminho da colecção).
de terça a sexta-feira, das 09h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h00, e no sábado, das 13h00 às 19h00

"Em busca da memória feminina"

Nelida Piñon
Jornalista, Romancista, Escritora e Professora
Presidente da Academia Brasileira de Letras


Obras da Escritora Nélida Piñon e Prêmios Conquistados

http://www.netbabillons.com.br/gente/NelidaPinon/Nelida01.htm

Os artistas sabem que "as pegadas da vida se alojam na mulher, no coração feminino", defendeu ontem Nélida Piñon, na muita aplaudida conferência de abertura da 8.ª edição do Correntes d'Escritas - Encontro de Escritores de Expressão Ibérica, a decorrer até sábado na Póvoa de Varzim. Sem a memória feminina, disse a escritora, por exemplo, o "texto criador" de Homero, Shakespeare, Cervantes, Camões ou Machado de Assis ficaria incompleto. Porque foi ela, não o homem, que "ficou ao lado do leito de morte, ela aleitou, ela pariu". Uma memória ancestral, longínqua, "cujo coração ainda hoje desafia a arte, narra a história humana que nos faltava".Numa longa viagem, desde os tempos bíblicos até aos nossos dias, a autora de A República dos Sonhos, distinguida com o Prémio Príncipe de Astúrias em 2005, procurou reivindicar "a riqueza" da memória feminina que , no entanto, "não é ainda reconhecida". O mundo, referiu Nélida Piñon aos jornalistas, no final da conferência, continua a depender dos homens.A capacidade de decisão hoje no mundo, "e que tem sido um desastre, é das gravatas", sublinhou a primeira mulher a presidir à Academia Brasileira de Letras. Nélida Pinõn, apresentada por José Carlos Vasconcelos no Correntes d'Escritas, vai lançar um novo romance, em Outubro, intitulado Aprendiz de Homero. "Há muito que sirvo a literatura, visito os gregos , os persas, as civilizações gastas e dispersas", sempre em busca, "nos escombros dessas civilizações, da memória feminina".

Por Francisco Mangas » dn.artes


Lídia Jorge, Rui Zink, Manuel Freire e Sérgio Godinho são quatro dos 36 portugueses participantes na 8.ª edição de ‘Correntes d’Escritas, o encontro de escritores de expressão ibérica a decorrer, na Póvoa de Varzim, até Sábado (dia 10 de Fevereiro) e que junta 60 autores de dez países

Museu da Língua Portuguesa ...



na antiga estação ferroviária da Luz, em São Paulo.



Vejam um pouco do Museu da Língua Portugesa, em São Paulo.

in Musealogando ( clique aqui 11.11.06)

A socióloga Isa Grinspun Ferraz, directora do Museu, coordenou uma equipa composta por cerca de 30 dos maiores especialistas em língua portuguesa do país, entre eles Alfredo Bosi, Antonio Risério, Ataliba de Castilho, Yeda Pessoa de Castro (línguas africanas) e Aryon Rodrigues (línguas indígenas) e José Miguel Wisnik. Uma ampla comissão foi responsável pela elaboração de todo o conteúdo que sustenta cada módulo da exposição permanente, que contou ainda com a direcção artística de Marcello Dantas.
No rés-do-chão, entre dois elevadores panorâmicos, está a instalação da Árvore da Língua, criada pelo arquitecto e designer Rafic Farah. Em suas folhas são projetados os contornos de vários objectos e suas raízes são formadas por diversas palavras. A instalação é complementada por uma espécie de mantra, composto por Arnaldo Antunes, que brinca com as palavras "língua" e "palavra" ditas em vários idiomas. Outro ponto de interesse é a Praça da Língua, espécie de "planetário da língua", composto de imagens e áudio. Uma antologia da literatura brasileira - escolhida por José Miguel Wisnik e Arthur Nestrovski -, com textos de alguns dos maiores romancistas e poetas de todos os tempos, evidencia o processo de criação na nossa língua. Textos de autores como Gonçalves Dias ou Machado de Assis vão ser misturados com letras do cancioneiro popular. A antologia é ouvida na voz de narradores como os cantores Chico Buarque e Zélia Duncan.


dn.artes

Uma exposição fascinante ...







Em 1993, o Museu do Trabalho Michel Giacometti em parceria com o Museu de Setúbal/Convento de Jesus, realizaram uma exposição intitulada " Finuras - um inventor".


Ao rever estas imagens que constam do catálogo da referida exposição, recordo com prazer as longas conversas que, na altura, tive com o Finuras (nome que adoptou e que fez dele uma imagem de marca, uma lenda viva de Setúbal ). O Finuras é uma figura que todos os setubalenses conhecem, estimam e ... em tempos, desafiavam ! Faz parte da memória colectiva e alimenta o imaginário. O Finuras é um sonhador que faz sonhar ... por isso foi tema de exposição.


O Finuras que se apresenta como "operário especializado em trabalhos não especializados" é um mestre dos sete ofícios ! Um homem de mil proezas, engenhos e artes ! Era vê-lo, há quarenta anos atrás, a enfrentar touros, por ele " hipnotizados", na Praça Carlos Relvas, em Setúbal ! Convocava plateias inteiras e a comunicação social, para assistirem a tal "façanha" e com ele viver a anunciada fábula, que nem sempre tinha bom fim ! Um dia, falando-me de afogamentos e salvamentos (e salvou a vida a muita gente!), dos segredos do fabrico de uma afamada pasta sardinha, feita num tambor de máquina de lavar roupa reciclado e de uma prodigiosa máquina de cinema a três dimensões (patenteada na América), entre outras quimeras, foi-me mostrando um rol de fotos amarelecidas que ilustravam as estórias fantásticas que ia desfiando ao meu ouvido. No meio dessas fotos, uma imagem inquietou-me ... o Finuras a fitar galinhas ! Imbuída de todo aquele imaginário, perguntei-lhe se estava, ali, a hipnotizar as ditas galinácias, ao que ele prontamente respondeu: não ! As galinhas não se hipnotizam ! As galinhas fascinam-se ... então não vê que as galinhas não têm cérebro ?! E eu que nunca tinha pensado nisso ...




O Finuras fascina ...




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