quinta-feira, 26 de março de 2009


Foto Armando Cardoso



Este parte, aquele parte
e todos, todos se vão.
Galiza, ficas sem homens
que possam cortar teu pão

Tens em troca orfãos e orfãs
e campos de solidão
e mães que não têm filhos
filhos que não têm pais.

Corações que tens e sofrem
longas ausências mortais



Cantar de emigração, Rosalía de Castro
O nosso amargo cancioneiro, Livraria Paisagem, 1973 - Porto, Portugal












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10 comentários:

  1. Pronto...aqui me confesso, não gosto de Fado nem a Amália "fala" comigo...coisas....provavelmente fruto da minha insensibilidade...reconheço isso sim o amargo do cancioneiro deste povo e deste país sebástico mas tb pascoalino.... reconheço a visão das rugas e do descanso à sombra do vazio, o pão e a falta dele debaixo do sol.

    e

    o resto é mesmo "fado".


    e abraço-te.

    IV

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  2. Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

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  3. Rosalia de Castro era mesmo o que eu precisava de ler hoje. Agora.
    Obrigada...

    e sim, gosto de fado...

    um beijo

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  4. Pois, IMF ... eu sei. Concordo. Mas há fado e fado ...
    e este fado sempre me emocionou.

    Retiro-(me) na tua belíssima prosa
    " a visão das rugas e do descanso à sombra do vazio "




    iv* (dormente)

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  5. A precisão do retrato. Neste gemer de guitarra. Beijos

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  6. a admirável voz de Adriano Correia de Oliveira, indelevelmente ligada ao poema...

    (outros fados...)

    beijos

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  7. Herético, indelevelmente ...




    Aqui fica saudosamente Adriano






    Abraço


    iv

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  8. um mesmíssimo abraço

    -a palavra escrita
    -a palavra cantada
    -a palavra publicada

    in extremis


    .
    um beijo

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  9. ...longas ausências mortais


    (tocante)
    [mesmo, tal como a Isabel, não gostando de fado...]


    um abraço*

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