terça-feira, 19 de junho de 2007

Gostava de ver estes relicários de José Guimarães ... estes acumuladores de memórias com luzes néon.


José de Guimarães volta a expor na capital chinesa
“América, África, China” chega a Pequim


O artista português José de Guimarães volta a mostrar os seus trabalhos em Pequim. Uma exposição que inaugura hoje no Museu de Arte Contemporânea da capital.

Apresentada pela primeira vez em Pequim, “América, África, China” é uma mostra com obras que unem três continentes. José de Guimarães regressa à cidade que em 1997 via pela primeira vez os seus trabalhos numa exposição itinerante que de Macau chegou a Pequim.

Com apresentação de obras inéditas, a exposição que se pode apreciar a partir de hoje e até 22 de Junho no museu de Arte Contemporânea em Pequim, José de Guimarães diz que há várias que “têm muito a ver com a cultura chinesa.”O conjunto que reúne quarenta peças, algumas de grande formato, pretende através de pinturas, esculturas e caixas de néon, analisar os acontecimentos do mundo nos últimos anos. Artista de cores vivas e fortes, José de Guimarães refere uma certa falta de cor-de-rosa na realidade do mundo actual. As lutas, guerras e a violência que se estendem quase a todo o mundo, levaram o artista a confrontar também ele civilizações, reflectindo preocupações que espelham o espaço em que vivemos.
Interessado na cultura ancestral da China, o artista que desde há anos divide a sua vida entre Paris e Lisboa, junta uma temática africana e da América Latina. Tratam-se de trabalhos que dizem respeito aos últimos dez anos da sua criação artística. De passagem uma semana pela capital, José de Guimarães aproveitou a oportunidade para visitar o novo distrito de arte em Pequim. Acompanhando a evolução da arte contemporânea chinesa, inclusive em exposições que chegaram até Paris, refere que “actualmente a China atravessa um momento de grande força criativa, mesmo ao nível de técnicas e propostas e os artistas podem perfeitamente ser iguais ou melhores que outros artistas da Europa ou América.” A mesma visão moderna lhe transmitiu o museu onde agora expõe as suas obras numa área de cerca de 800 metros quadrados.
Algumas das obras que chegaram à China esta semana, estiveram expostas no Brasil no ano passado. No entanto, o conjunto é novo na medida em que a temática que as une é mostrada pela primeira vez em Pequim.


Desde há muitos anos habituado a trabalhar com as mais diversas técnicas desde que em 1968 escreveu aos pintores inconformistas um manifesto onde dizia “abandonem os pincéis e a paleta”, José de Guimarães salienta desta exposição as caixas relicários com luzes de néon mas referindo igualmente todas as outras peças como as esculturas de papel, os rolos chineses ou as pinturas em madeira. O museu recebe também várias fotografias de obras que hoje estão expostas noutros países.

Maria João Belchior
Correspondente em Pequim
in http://www.hojemacau.com/news.phtml?today=31-05-2007&type=culture

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