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___No fogo das estradas é que
o medo de ter
tempo demais as mãos pousadas
no amor nas espáduas
na amargura no rio
é que molhar as mãos
na água dos joelhos e andar
um pouco mais ainda sobre o fogo
das pernas e alcançar a terra
o ar do tronco o vapor o
movimento infindável do corpo em torno
do amor é que o mar as estradas
é que a locomoção por sobre a mágoa
no fogo das estradas é que tudo
se pode incendiar____________________________________________________________
CRUZ, Gastão – A Doença in Poemas Reunidos.
Lisboa: Publicações D. Quixote, 1999______
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a inequívoca "imitação" do voo. sustido.
ResponderEliminaruma respiração sempre reconhecível.
de um belíssimo "dizer" de G.C.
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bom dia I. de lírios.
O nosso último (talvez) poeta elegíaco. Gostei e está de acordo com o caderno de campo!
ResponderEliminarIsabel "Gaivota", gostei do poema e da voz do Luís Miguel Cintra...
ResponderEliminare claro, da imagem...
beijos
Olá
ResponderEliminar"...Tempo de ter as mãos pousadas..."
e nuca sentir os braços cruzados. cruzar as estradas com se fossem nadas.
e sentir a vida dos náufragos que lutam nas vagas,
para emergir na praia resgatados,
a tempo de ter as mãos pousadas
no ponto exacto onde o mar desmaia!
Esta a forma de dizer que adorei o poema e todo o envolvente e gostei de estar por aqui.
Saudações.
Luís Rui
cheguei
ResponderEliminare
perdi
me
de
imediato
no
teu
lastro
.
de
apostas
absolutas
.
em tudo
ganho
.
um beijo ,iv
eu incendiei-me assim, a andar nas estradas... e continuo a queimar, a queimar...
ResponderEliminarE a poesia quando bem dita, tem outro encanto. É o caso deste poema.
ResponderEliminarNão sei se também te acontece… existem alguns poemas, que por os ouvir dizer, não os consigo ler sem ouvir a voz que os disse. Parece até, que só sigo os versos para não me perder.
Abraço.
A voz de Luis Miguel Cintra � arrepiante...adorei o post
ResponderEliminarAbra�o
de repente assustei-me!
ResponderEliminarmudaste de "toilette"
Abração
ah pois pode...
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