Sobre a autora Fatema Mernissi http://www.malostratos.org/mujeres/mernissi.htm
"Enquanto viajava pela Europa e Estados Unidos, promovendo o seu livro Sonhos Proibidos: Memórias de um Harém de Fez (já publicado pela ASA nesta mesma colecção), Fatema Mernissi ficou perplexa ao constatar que, para a maioria dos homens ocidentais, a simples menção da palavra “harém” provoca as mais voluptuosas fantasias sexuais, nas quais o homem consegue dominar mulheres vulneráveis cujo único objectivo é satisfazer-lhe os desejos. A realidade das culturas islâmicas é diametralmente diferente: o harém é visto como palco de arrojadas disputas pelo poder sexual. A mítica Xerazade, que contou histórias dignas de preencher Mil e Uma Noites, é disso um bom exemplo: através de uma sedução mais cerebral do que física, Xerazade usou a sua retórica apaixonada para maravilhar e dominar um sultão. As suas histórias eram a tal ponto subversivas que foram publicadas em árabe apenas um século depois da sua publicação em francês, e continuam até hoje a ser um dos alvos da censura muçulmana. “A Xerazade oriental é puramente cerebral. Nos contos originais, são raras as referências ao corpo de Xerazade, ao passo que a sua sabedoria é relatada até à exaustão”. A investigação de Mernissi denuncia uma sucessão de equívocos e mal-entendidos, e a misogenia, tanto Ocidental como Oriental, que limita a imaginação e dificulta a comunicação entre culturas. Ao convidar-nos a reconsiderar os aspectos mais enraizados na nossa cultura, O Harém e o Ocidente oferece-nos uma nova perspectiva sobre os temas e as ideias da cultura ocidental. "
texto e imagem
http://www.asa.pt/produtos/produto.php?id_produto=756352&origem=autor&id_autor=842
A cultura muçulmana é mal entendida
ResponderEliminarplos que realmente nada sabem, e por aqueles que, sabendo, lhes convém deturpar.
Bom fim de semana
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...... Passei por aqui
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tenho, hoje, pouca apetência pelo oriente.
ResponderEliminarmas, ainda assim, acho este post muito belo, sobretudo pelo jogo que fazes entre a figura da capa do livro em grande e em pequeno...
bjs
Gostei da referência. Acho a cultura oriental riquíssima e, sinceramente, julgo que deveríamos aprender mais sobre ela.
ResponderEliminarSempre considerei a Scherazade uma mulher cerebral. Mas o que nos chega vulgarmente costuma ser bem diferente.
A leitura das Mil e Uma Noites é interessantíssima. Não li tudo, mas conheço partes.
Este livro também parece ser bom.
Beijinhos e bom domingo! :)
Li já há tempos Sonhos proibidos, Memórias de um harém de Fez. Gostei. Muito.
ResponderEliminarNós, ocidentais, somos muito impacientes, stressados, ansiosos, queremos tudo para ontem.
Temos muito a aprender com o seu estar paciente, deixando o tempo fazer-se a seu tempo.
Encantam-me, ainda, pelos estreitos laços com a Lua :)
olha, eu já li este livro, emprestado por um amigo de Marrocos... gostei muito mas não respondeu a todas as questões... e acho que a relação homem-mulher não foi muito bem tratada, mesmo de um ponto de vista intercultural...
ResponderEliminarmas lê e depois diz-me coisas...