Fotografia http://zwir.ru/gallery/2007/2007_26.html
São de barro, de fibra sintética e de barro, e de barro se diz também que alguns homens têm os pés. Aí reside, por isso, ao mesmo tempo, a sua força e a sua fragilidade. E são, como igualmente se diz, objectos profanos.
Não há diferença entre o profano e o sagrado, nomes inventados, como tantos outros, pelo homem, para iludir a sua ignorância e preencher o intervalo, a que alguns chamam vazio, que há entre a vida e a morte. Por isso os próprios ídolos, que apenas valem como imagens artificiais projectadas no espelho da arte e da vida, aí encontram, umas vezes, a sua força, outras, a sua fragilidade. São como deuses sentados à entrada da morte e velando o seu próprio cadáver.
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Ídolos , Albano Martins
in "O Mesmo Nome", Porto, Campo das Letras
São de barro, de fibra sintética e de barro, e de barro se diz também que alguns homens têm os pés. Aí reside, por isso, ao mesmo tempo, a sua força e a sua fragilidade. E são, como igualmente se diz, objectos profanos.
Não há diferença entre o profano e o sagrado, nomes inventados, como tantos outros, pelo homem, para iludir a sua ignorância e preencher o intervalo, a que alguns chamam vazio, que há entre a vida e a morte. Por isso os próprios ídolos, que apenas valem como imagens artificiais projectadas no espelho da arte e da vida, aí encontram, umas vezes, a sua força, outras, a sua fragilidade. São como deuses sentados à entrada da morte e velando o seu próprio cadáver.
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Ídolos , Albano Martins
in "O Mesmo Nome", Porto, Campo das Letras
soberbo.
ResponderEliminarTudo.
Albano é um dos "meus".
:)
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/fui ver...:(((/
nada que não se saiba.
infelizmente! só não vê quem nãp tem alma nem consciência nem pudor!/
obrigada I.
Sempre. contigo.
nos teus "olhares". de compaixão.
com Paixão.
beijos.
deuses-homens sombra...
ResponderEliminar(a imagem é incrivel....)
um beijo
Gostomuito do Albano Martins , já passou pelo me canto algumas vezes.
ResponderEliminar"para iludir a sua ignorância e preencher o intervalo, a que alguns chamam vazio, que há entre a vida e a morte"
Pois.
Aquele intervalo que vivem enquanto se desgastam a fazer planos para o futuro sem viverem o hoje.
Aquele intervalo que vivem como não se fossem morrer nunca
Aquele intervalo que acaba um dia. Morrem sem nunca terem vivido.
beijo
Só se descreve o humano através do imperfeito. O homem só é interessante pelas suas imperfeições.
ResponderEliminarEntre o profano e o sagrado há pontes, contratos. Trocas entre os homens e os deuses. Promessas em troca de graças concedidas.
Os ídolos... novos mitos, sim, esses são entidades douradas com pés de barro.
Os deuses... antigos mitos... aconchegantes, tranquilizadores, modelos, esses são pistas para a nossa potencialidade espiritual. Mistérios da nossa travessia.
À sua luz, distingue o homem o bem do mal, a coragem da cobardia, o belo do horrível.
Este post...
Texto a pedir reflexão. Imagem belissima.
dá uma breve saltada ao canto.chão ,por favor ,peripécias da blogosfera ( ehehehehehe )
ResponderEliminarum beijo!