Os "Claridosos" tertúlia, encenada no Centro cultural do Mindelo, 2008
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CLARIDADE
A revista Claridade (1936-1960) liderada por Jorge Barbosa, Baltasar Lopes (Osvaldo Alcântara) e Manuel Lopes, integrantes da elite intelectual crioula cabo-verdiana, sendo acompanhados por Corsino Fortes, Gabriel Mariano, Onésimo Silveira entre outros. Esse grupo de escritores passa a assumir as suas raízes locais e admiram as inovações literárias propostas pelo modernismo brasileiro. Vêm o Brasil como modelo de país mestiço independente de Portugal, com uma língua diferenciada do colonizador. Evocam a semelhança climática com o Nordeste brasileiro, e a literatura brasileira ( caso de Vidas Secas - Graciliano Ramos, entre outros), patente neste expressivo poema
“Você, Brasil”, de Jorge Barbosa:
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Eu gosto de você, Brasil,
Porque você é parecido com a minha terra.
Eu bem sei que você é um mundão
E que a minha terra são
Dez ilhas perdidas no Atlântico,
Sem nenhuma importância no mapa.
(...)
Você, Brasil, é parecido com a minha terra,
as secas do Ceará são as nossas estiagens,
com a mesma intensidade de dramas e renúncias.
Mas há no entanto uma diferença:
é que os seus retirantes
têm léguas sem conta para fugir dos flagelos,
ao passo que aqui nem chega a haver os que fogem
porque seria para se afogarem no mar...
(...)
Os claridosos terão como temas os flagelos sentidos pela população, a seca, a fome, assim como a presença constante da insaluridade e a conseqüente evasão para solucionar este drama. O livro “Flagelados do vento leste”, de Manuel Lopes, é exemplo deste período.
http://ww1.rtp.pt/noticias/index.php?article=279499&visual=26
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CLARIDADE
A revista Claridade (1936-1960) liderada por Jorge Barbosa, Baltasar Lopes (Osvaldo Alcântara) e Manuel Lopes, integrantes da elite intelectual crioula cabo-verdiana, sendo acompanhados por Corsino Fortes, Gabriel Mariano, Onésimo Silveira entre outros. Esse grupo de escritores passa a assumir as suas raízes locais e admiram as inovações literárias propostas pelo modernismo brasileiro. Vêm o Brasil como modelo de país mestiço independente de Portugal, com uma língua diferenciada do colonizador. Evocam a semelhança climática com o Nordeste brasileiro, e a literatura brasileira ( caso de Vidas Secas - Graciliano Ramos, entre outros), patente neste expressivo poema
“Você, Brasil”, de Jorge Barbosa:
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Eu gosto de você, Brasil,
Porque você é parecido com a minha terra.
Eu bem sei que você é um mundão
E que a minha terra são
Dez ilhas perdidas no Atlântico,
Sem nenhuma importância no mapa.
(...)
Você, Brasil, é parecido com a minha terra,
as secas do Ceará são as nossas estiagens,
com a mesma intensidade de dramas e renúncias.
Mas há no entanto uma diferença:
é que os seus retirantes
têm léguas sem conta para fugir dos flagelos,
ao passo que aqui nem chega a haver os que fogem
porque seria para se afogarem no mar...
(...)
Os claridosos terão como temas os flagelos sentidos pela população, a seca, a fome, assim como a presença constante da insaluridade e a conseqüente evasão para solucionar este drama. O livro “Flagelados do vento leste”, de Manuel Lopes, é exemplo deste período.
http://ww1.rtp.pt/noticias/index.php?article=279499&visual=26
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Gostei...
ResponderEliminarCSD
Abre o "apetite" para ir até lá.....
ResponderEliminarBeijo
Que post interessante, cara Isabel, é um pedaço do Brasil do outro lado do oceano.
ResponderEliminarBeijos!