domingo, 18 de março de 2007

Sugestão ( a reler ... )


1995

Há um vínculo secreto entre a lentidão e a memória, entre a velocidade e o esquecimento. Imaginemos uma situação das mais comuns: um homem andando na rua. De repente, ele quer se lembrar de alguma coisa que lhe escapa. Nesse momento, maquinalmente, seus passos ficam lentos. Ao contrário, quem está tentando esquecer um incidente penoso que acabou de vive sem querer acelera o passo, como se quisesse rapidamente se afastar daquilo que, no tempo, ainda está muito próximo de si. Na matemática existencial, essa experiência toma a forma de duas equações elementares: o grau de lentidão é diretamente proporcional à intensidade da memória; o grau de velocidade é diretamente proporcional à intensidade do esquecimento.
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Sinopse:____________________________________________________________________
Vincent, um jovem intelectual, vai a um congresso de entomologistas num antigo castelo francês; à sua volta desfilam egos, vaidades e fraquezas de personagens tipicamente "kunderianos": nobres e mesquinhos ao mesmo tempo. A história de Vincent se alterna com outra: um conto do século XVIII sobre traições e amores que o autor situa no mesmo castelo . . . Leia mais
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A velocidade e o exibicionismo da vida moderna em oposição à lânguida morosidade do século XVIII, com suas alcovas, seus prazeres, suas escapadas amorosas
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