" é tempo de vigília absoluta. escutar a voz, murmurar estrelas, abrir vermelhas frestas por onde o aparo da caneta injecta sílabas. rasgar o receio coalhado no peito e gritar, gritar até que o grito se perca no silêncio onde nasce a escrita. o corpo é o único suporte do texto. o sangue, o esperma, a vida toda num estremecimento escondido em cada palavra. "
___________________________________________ Al Berto, «1./Equinócios de Tangerina», 1974/75
"s", fiquei a pensar no teu comentário ... sabes, não sinto violência na escrita do Al Berto ... o que me parece é que ele quase cegou com a violência, de tão profundamente, querer olhar o mundo. De não ser capaz de desviar o olhar ...
Visceral, sim, concordo !
Também gosto MUITO ...
arion, gostei do teu sorriso de conivência ... o que queres, não resisti !
"o corpo é o único suporte do texto" porque o texto vive na nossa composição celular... vai daí que se "o corpo é o único suporte do texto", então é o corpo limpo, sujo, suado, lixado, vestido, despido que suporta o discurso...
e ocorre-me que "o texto é o único suporte do corpo", porque sem o texto, a linguagem, a linguagem feita pensamento, nem saberíamos ter um corpo...
"s" é a tua forma de sentir ... e na verdade há um rasgar-se ... que nos rasga ... nos arranha ... na escrita latejante deste genial Al Berto. Que eu julguei conhecer mas que, finalmente, estou sempre a descobrir ... culpabilizando-me, por vezes, de não o ter conseguido abranger em vida ... (mas eram muitas vidas ... e ELE é imenso como o oceano!)
I., era só uma opinião, a minha forma de o sentir...nada estanque... tal como ele. ...e nunca uma opinião de uma estudiosa de Al Berto, longe disso...uma mera curiosa.
" é tempo de vigília absoluta. escutar a voz, murmurar estrelas, abrir vermelhas frestas por onde o aparo da caneta injecta sílabas. rasgar o receio coalhado no peito e gritar, gritar até que o grito se perca no silêncio onde nasce a escrita. o corpo é o único suporte do texto. o sangue, o esperma, a vida toda num estremecimento escondido em cada palavra. "
Al Berto apetece sempre.
ResponderEliminarTexto muito bem escolhido.
Um beijo
Gosto muito do Al Berto.
ResponderEliminarEm tempos também "postei" um texto dele sobre a cidade...
...ele é violento, visceral....
gosto muito.
bj
Um excelente poeta que tive pena de ve desaparecer, boa semana
ResponderEliminarexcelente escolha...
ResponderEliminaros poetas são de outros mundos. medos.
beijo
B.
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Gosto muito da poesia de Al Berto.
ResponderEliminarO que escolheste é lindíssimo.
AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH....
ResponderEliminaruma I. no seu melhor....:)))))
sorriso....
:)
ResponderEliminar"s", fiquei a pensar no teu comentário ...
ResponderEliminarsabes, não sinto violência na escrita do Al Berto ...
o que me parece é que ele quase cegou com a violência, de tão profundamente, querer olhar o mundo. De não ser capaz de desviar o olhar ...
Visceral, sim, concordo !
Também gosto MUITO ...
arion, gostei do teu sorriso de conivência ...
o que queres, não resisti !
"o corpo é o único suporte do texto" porque o texto vive na nossa composição celular... vai daí que se "o corpo é o único suporte do texto", então é o corpo limpo, sujo, suado, lixado, vestido, despido que suporta o discurso...
ResponderEliminare ocorre-me que "o texto é o único suporte do corpo", porque sem o texto, a linguagem, a linguagem feita pensamento, nem saberíamos ter um corpo...
acho violenta a forma como ele olha, vê e despe a realidade, crua, cruel...
ResponderEliminaracutilante.
inominável, estás muito "Saussuriana", tu que nem nome tens a falar dessas coisas ...
ResponderEliminarADOREI !!!!! Tens cá uma ginástica nesses neurónios. Tens treinado ... claro !
"s" é a tua forma de sentir ... e na verdade há um rasgar-se ... que nos rasga ... nos arranha ... na escrita latejante deste genial Al Berto. Que eu julguei conhecer mas que, finalmente, estou sempre a descobrir ... culpabilizando-me, por vezes, de não o ter conseguido abranger em vida ... (mas eram muitas vidas ... e ELE é imenso como o oceano!)
Boa noite "barão de troia ii" !
ResponderEliminarObrigada pela visita ...
Já agora, porquê de troia ? E porquê ii ? É uma dúvida que me assalta sempre que me vens visitar.
Curiosidade feminina ...
Abraço
Era uma forma de dizer "obrigado"...
ResponderEliminarI.,
ResponderEliminarera só uma opinião, a minha forma de o sentir...nada estanque... tal como ele.
...e nunca uma opinião de uma estudiosa de Al Berto, longe disso...uma mera curiosa.
Bj