Numa paisagem de xisto e lonjuras, o edifício - museu, belíssima peça de arquitectura contemporânea, emerge discretamente do chão, assumindo as cores e texturas do lugar, num silêncio que perscruta a paisagem e nos impele a espreitar o tempo, através de fendas e janelas que descortinam alvos estratégicos no território.
segunda-feira, 23 de julho de 2007
O dia estava enevoado mas, ainda assim, avistava-se lá ao longe o pinheiro que assinala o sítio da antiga aldeia. O lugar das memórias submersas ... que o novo museu evoca (ou que vai evocando ... através das multiplas histórias que ecoam dos lugares escondidos na paisagem alagada, dos gestos sedimentados nos corpos, das memórias que se desprendem dos objectos semi adormecidos, dos enigmáticos sentidos das falas e ... dos longos silêncios. )
Numa paisagem de xisto e lonjuras, o edifício - museu, belíssima peça de arquitectura contemporânea, emerge discretamente do chão, assumindo as cores e texturas do lugar, num silêncio que perscruta a paisagem e nos impele a espreitar o tempo, através de fendas e janelas que descortinam alvos estratégicos no território.
Numa paisagem de xisto e lonjuras, o edifício - museu, belíssima peça de arquitectura contemporânea, emerge discretamente do chão, assumindo as cores e texturas do lugar, num silêncio que perscruta a paisagem e nos impele a espreitar o tempo, através de fendas e janelas que descortinam alvos estratégicos no território.
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Uma visao processual da Antropologia Portuguesa,
ResponderEliminarAldeia da Luz,aldeia submersa, resta a memória de quem lá viveu e dos que por lá passaram.
Memórias muitas vezes esquecidas outras promovidas
pelo poder.
A réplica (nova aldeia da LUZ) acolheu vivos e mortos, bens e lembranças, mas, submersas ficaram as pedras, as paredes,as calçadas testemunhos das alegrias e tristezas vividas pelas geraçoes que por lá viveram.
Luci
Que belas fotografias! Não sabia da existência, mas como vou muito para esses lados, fica uma visita em agenda. Parece muito bonito. Calculo que feito de muito silêncio e luz.
ResponderEliminarbeijos
Bonito prédio, tem cara de Alvaro Siza... será? Belas escolhas, como sempre. Saudade! Beijinhos
ResponderEliminarE se eu disser que acho o edifício uma aberração...ficam muito zangados comigo???
ResponderEliminarAquilo tem alguma coisa a ver com o local? Com a Aldeia?
Tenham paciência...
jose quintela soares, o contraditório traz, normalmente,mais luz !
ResponderEliminarÉ assim com as ideias, com a arte e, por vezes com a arquitectura, melhor dizendo, com o urbanismo.
A questão está sempre na qualidade ! Na coerência e/ou no arrojo dos conceitos.
Eu, pessoalmente gosto do edificio e do conceito que lhe está subjacente. A ruptura que ele assume na paisagem. O grito que ecoa dessa diferença podem ser muito estimulante, desde que as pessoas o reconheçam. A sua identidade e valor depende disso.
A questão está sempre na qualidade, na forma como se exploram essas linguagens, aparentemente em conflito.
Como se humanizam esses espaços. Como se promove a participação das pessoas e como se geram as dinâmicas de desenvolvimento.
Este museu (que nunca estará acabado, porque um museu desta natureza é sempre um processo), recebe, em média, 1200 visitantes/mês. É um centro de interpretação do território, realiza um trabalho educativo com a população escolar, emprega algumas pessoas da aldeia e ... quanto ao futuro, dependerá do trabalho que for realizando com as pessoas, em torno da identificação dos problemas e sua discussão.
Um dos problemas desta aldeia é o envelhecimento e a falta de incentivo à fixação de jovens.
Naturalmente que outro conceito de museu, teria assumido outra forma, teria tomado outra figura ...
O facto de ser tutelado pela EDIA, também não é indiferente.
Um museu nascido de outra ideia, concretizado de outra forma também poderia ter sido igualmente interessante.
Ali senti, por exemplo, a falta das histórias de vida e as evidências da ruptura, no discurso expositivo. Mad creio que o tempo irá conduzir inevitavelmente a tal questionamento.
A questão, quanto a mim, está sempre na coerência do conceito e na qualidade da realização e, sobretudo, na implicação das pessoas. No compromisso que se estabelece com o desenvolvimento !
Assim o museu, mais do que um espectáculo,um acto celebratório, ou mistificação de tradições, participa da construção das identidades. É futuro ...
Obrigada pelo seu comentário.
Obrigada a todos. Vão até lá ...
_________
(restaurantes só fora da aldeia.Esse é um dos problemas. Não existe ainda uma rede mínima de serviços ... e a sinalética é inexistente!)
a luz, o horizonte...e a gente que se adivinha...
ResponderEliminarmuita sensibilidade
*dia 28/07/2007 os Bombeiros de Portel promovem o 1º encontro Internacional de Mergulho no Alqueva...será uma forma diferente de mergulhar no passado e no presente...
Gostei imenso do seu Blogue=) Das fotografias e divulgação sempre da Arte!=) Muito Obrigada pela sua simpática visita a um dos meus Blogues: Anjos Vestem Prada. Voltarei sempre!!!=)))
ResponderEliminarbelo.
ResponderEliminar(fico com o apetite de o visitar logo que possível)