Falas de civilização...
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Falas de civilização, e de não dever ser,
Ou de não dever ser assim.
Dizes que todos sofrem, ou a maioria de todos,
Com as coisas humanas postas desta maneira,
Dizes que se fossem diferentes, sofreriam menos.
Dizes que se fossem como tu queres, seriam melhor.
Escuto sem te ouvir.
Para que te quereria eu ouvir?
Ouvindo-te nada ficaria sabendo.
Se as coisas fossem diferentes, seriam diferentes: eis tudo.
Se as coisas fossem como tu queres, seriam só como tu queres.
Ai de ti e de todos que levam a vida
A querer inventar a máquina de fazer felicidade!
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Alberto Caeiro
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e a propósito dos " tiques partidários" ... estou em total sintonia com o murcon
olá isabel victor!
ResponderEliminare foi assim ao escrever poemas como este, profundamente simples, o guardador de rebanhos nos deixou a sua forma de estar no mundo... Alberto Caeiro de seu nome, para não ser confundido com um tal engenheiro naval que costumava almoçar com a tertúlia de amigos num restaurante da rua dos Douradores, composta pelo Fernando, o Bernardo e o Ricardo.
Quanto ao Alberto preferiu sempre a natureza, aos vícios da civilização, fazendo-nos lembrar um pouco, um tal Zé Fernandes, amigo do Jacinto e conhecido do Eça, que trocou Paris pela aldeia.
beijinhos
paula e rui lima
um poema num lugar que sempre se renova, isabel victor, obrigada.
ResponderEliminarLisboa chega a ser comovente de fragilidade e parece que todos se esquecem disso. Gosto sempre de ver que há quem também o sinta.
ResponderEliminarUm beijo, isabel... de Lisboa, enquanto a temos.
Infelizmente Lisboa é o espelho do que vai pelo país. Será que o Saramago tem razão quando diz que, um dia seremos uma província de Espanha com o baptismo de IBÉRIA? AI DE NÓS, PORTUGAL... Bjs do mano
ResponderEliminar...optar por não ir, apesar de tudo é opção...e como eu adorava que pelo menso 60% dos politicos também não (o) fossem....um abraço...
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