"Quero chorar meu sofrimento e digo-o
para que tu me queiras e me chores
num poente de rouxinóis cantores,
com um punhal, com beijos e contigo.
Quero matar o único testigo
do assassínio destas minhas flores
e converter meu pranto e meus suores
num eterno montão de duro trigo.
Que não se acabe nunca esta madeixa
do quero-te e me queres, sempre encendida
com lua velha, com sol que se queixa;
Coisa que negas, por mim não pedida,
para a morte será, que jamais deixa
nem sombra pela carne estremecida."
" O poeta diz a verdade "
in "Sonetos del amor oscuro"
Frederico Garcia Lorca
(Tradução de José Bento)
O poeta foi assassinado num fatídico Agosto (1936)
segunda-feira, 27 de agosto de 2007
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Povo que canta não pode morrer...
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Olá, Isabel! Magnífico poema! Lindíssimo! Muito forte, intenso e apaixonado.
ResponderEliminarO blogue está mesmo giro "in red"! :)
Parabéns!
Um grande beijinho!
um bom poema... um bom poeta...
ResponderEliminarLorca foi miseravelmente assassinado mas deixou-nos coisas fabulosas, como este poema...
ResponderEliminarextraordinário poema. o poeta diz a verdade. do quero-te e não me queres, digo-o para que tu me queiras e me chores...
ResponderEliminaro poeta volta sempre
Foi, em Agosto, a 19.
ResponderEliminarFoi assassinado. Mas ele não morreu.
Porque continua ENORME, entre nós...
Obrigada
Um beijo
Quem me afaga e protege neste momento em que me faltas?
ResponderEliminarQuero chorar meu sofrimento?
Talvez.
o poeta nunca diz a verdade. porque ela, a verdade, não existe.
ResponderEliminare o Lorca é um dos meus poetas. únicos. verdade.
beijo Isabel (fugidia...)
B.
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concordo com a Bandida: não há Verdade; há verdades... minúsculas e plurais... à solta, de rédea cura, às vezes...
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