Figueira
ó árvore que irrompes da tua secura
suportando o penoso desdobrar de teus ramos
amaldiçoada
ofereces ainda a doçura de teus frutos
a sombra de tuas folhas
a firmeza do teu apego à terra
Ó dura bruta forma
heroína da escassez
ó teimosa
que insistes e insistes
e nos ensinas
que a vida é feita de incessantes mortes
e que a nós
suas futuras vítimas
nos aguarda
a todo o momento
a derrocada do templo
sem nenhum outro fruto
além da amargura
Ó doçura
porque amargas tanto
a nossa tentação de florir
ao mesmo tempo sendo tudo
e nada ?
Ana Hatherly, Rilkeana
"Tudo ou nada.
ResponderEliminarO meio termo é que não pode ser."
Lembrei o grande Vilarett a declamar Fausto Guedes Teixeira.
"Amar ou odiar...ou tudo ou nada..."
Obrigado por isso.
Vais mudando de "look" e eu baralho-me....
ResponderEliminarObrigada por teres trazido, aqui, Ana Hatherly...
Beijo
Ó doçura, um beijinho e bom fim de semana :)
ResponderEliminarIsto está giraço Isabel.
ResponderEliminargostei das folhas, do poema, e claro, gosto de figos...
e os figos, quentes, apanhados da árvore, cheios de sol e mel, a escorrerem pelos dedos...
ResponderEliminarmaravilhosos, isabel, obrigada por mo lembrares!
Abraço figueiral e fim-de-semanal...
ResponderEliminar"D I A N T E DO LAGO OHRID EM STRUGA
ResponderEliminarI – DE MANHÃ
Diante deste lago
tão vasto que parece um mar
oiço o leve ruído das suas pequeninas ondas
estirando-se na areia.
Um lago é uma água prisioneira:
só o mar atira para fora
para longe
Mas também o mar está preso à terra."
Ana Hatherly
Gostei de ver a Ana H. por cá.
Bj
Sem palavras
ResponderEliminarme despeço
por hoje
Amanhã veremos.
Inundei-me de Beleza
nos blogues que visitei
Irmãos separados à nascença
na Profusão das Palavras
e das Imagens.
Voltarei
Belíssimo!
ResponderEliminarNão conhecia este espaço e vejo que tenho perdido muito. Parabens por tudo, e é bastante, o que aqui está.
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