Casa de sol onde os animais pensam
erguida nos ares com raízes na terra
ampla e pequena como um pagode
com salas nuas e baixas camas
casa de andorinhas e gatos nos sótãos
grande nau navegando imóvel
num mar de ócio e de nuvens brancas
com antigos ditados e flores picantes
com frescura de passado e pó de rebanho
só casa de sonos e silêncios tão longos
e de alegrias ruidosas e pães cheirosos
ó casa onde se dorme para se renascer
ó casa onde a pobreza resplende de fartura
onde a liberdade ri segura
António Ramos Rosa
In: Voz Inicial, 1960
Parabéns por este blogue fantástico!
ResponderEliminarTentei entrar no outro que tem a ver com a Lídia Jorge... mas não deu!
Ela foi minha professora há uns largos anos e é inesquecível!
Dê-lhe um beijo meu...
lindas flores e neta
ResponderEliminarLiiiiiinnnndoooooo.....
ResponderEliminarBeijoooooo