Acredita em Deus ?
Resposta de Michael Cunningham (entrevistado por Antonio Monda) :
"(... )Vejo que começamos logo pela Grande Pergunta. A parte mais séria de mim mesmo, aquela que está seriamente intencionada a não se deixar apanhar desprevenida por ninguém, diz: «Que esperas? Admite-o: Deus é uma coisa que inventámos para podermos conviver com a consciência da nossa mortalidade.» Os cães e os gatos pensam que vão viver para sempre, e não têm nenhum deus. Não consigo deixar de notar que as únicas espécies conscientes, desde o início, do facto de que um dia deixarão de viver são aquelas que erguem catedrais e organizam procissões com estátuas vestidas com túnicas. Mas, ao mesmo tempo, um universo que não contemple uma inteligência harmónica e superior de qualquer tipo é algo tão estéril... (...) É fácil, especialmente quando envelhecemos, orgulharmo-nos de nós mesmos devido à capacidade que temos de ver através de tudo, mas quando conseguimos ver através de tudo, encontramos o nada. E pergunto-me se eu, ou quem quer que seja, desejarei sincera e realmente ver-me assim tão desiludido por viver num mundo inteiramente desprovido de qualquer elemento de magia ou de mistério (...)"
in Acreditas? conversas sobre Deus e a religião, Antonio Monda
http://literati.net/Cunningham/CunninghamBooks.htm
Resposta de Michael Cunningham (entrevistado por Antonio Monda) :
"(... )Vejo que começamos logo pela Grande Pergunta. A parte mais séria de mim mesmo, aquela que está seriamente intencionada a não se deixar apanhar desprevenida por ninguém, diz: «Que esperas? Admite-o: Deus é uma coisa que inventámos para podermos conviver com a consciência da nossa mortalidade.» Os cães e os gatos pensam que vão viver para sempre, e não têm nenhum deus. Não consigo deixar de notar que as únicas espécies conscientes, desde o início, do facto de que um dia deixarão de viver são aquelas que erguem catedrais e organizam procissões com estátuas vestidas com túnicas. Mas, ao mesmo tempo, um universo que não contemple uma inteligência harmónica e superior de qualquer tipo é algo tão estéril... (...) É fácil, especialmente quando envelhecemos, orgulharmo-nos de nós mesmos devido à capacidade que temos de ver através de tudo, mas quando conseguimos ver através de tudo, encontramos o nada. E pergunto-me se eu, ou quem quer que seja, desejarei sincera e realmente ver-me assim tão desiludido por viver num mundo inteiramente desprovido de qualquer elemento de magia ou de mistério (...)"
in Acreditas? conversas sobre Deus e a religião, Antonio Monda
http://literati.net/Cunningham/CunninghamBooks.htm
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A discussão continua AQUI
"Deus e o Diabo é que me guiam.
ResponderEliminarMais ninguém!"
José Régio
Olá, Isabel! :) Fiquei muito feliz com as tuas visitas! Igualmente feliz por teres trazido a temática para o teu blog, o qual, aliás, tem estado muito bonito, com este fundo vermelho...:) Agradeço-te e é uma honra para mim que tenhas encontrado interesse nos posts.
ResponderEliminarMuito obrigada pela tua forma de lhes dares continuidade.
Beijinhos de início de Setembro, para ti!
a pergunta e a resposta
ResponderEliminar(...difíceis)
beijo
Texto lucido.
ResponderEliminarDemorei-me no resto do blog.
Abraço e obrigado pelas visitas.