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" Michel Giacometti e Fernando Lopes-Graça, percursos convergentes "
È o tema proposto pelo Museu do Trabalho Michel Giacometti, para mais uma Tarde Intercultural a ter lugar, no referido espaço museológico, no último Sábado de Maio de 2007 . Para além de debates, conversas, saudosos encontros, músicas e poesia, será também apresentado o belíssimo filme "Encontros" de Pierre-Marie Goulet. Esta tarde realizar-se-á em parceria com a Associação " Lírio roxo " e com o Museu da Música Portuguesa e será repetida, posteriormente, neste museu, em Cascais.
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Excelente notícia.
ResponderEliminarConheci o compositor Fernando Lopes-Graça no início dos anos 70, na Academia de Amadores de Música, onde assisti a alguns espectáculos com o Coro que ele dirigia, e a palestras onde participou. Nunca falei com ele pessoalmente (não tinha "bagagem" para tal) mas aconteceu-me esta coisa caricata: a Academia tinha um longo corredor, estreitíssimo, onde duas pessoas tinham dificuldade em cruzar-se. Ora, um dia, ia eu nesse corredor e Lopes-Graça estava nesse momento a receber ali um pequeno grupo de pessoas, que o rodeavam. Ele foi-os cumprimentando um a um, mas quando eu cheguei ao pé do grupo ele estava precisamente a virar-se na minha direcção e estendeu-me a mão. Recordo-me bem de lhe ter apertado a mão e de ter dito: tenho muito prazer em o cumprimentar, mas eu o que queria era passar...
Também assisti a um concerto do Coro da Academia, dirigido por Lopes-Graça, na colectividade da Cova da Piedade (SFUAP), em 1969, num ambiente extraordinariamente emotivo, com a sala a "vir abaixo" na altura das Canções Regionais e Heróicas".
Uma dessas canções, que eu ouvi ali pela primeira vez (e nem me lembro se a voltei a ouvir mais) era sobre a guerra ("Os homens que vão pra guerra, vão prá guerra, vão morrer/Diz adeus a pai e mãe que vos não torno a ver") emicionou-me particularmente, porque tinha 17 anos e a guerra era um dos destinos mais certos da juventude desse tempo.
Assisti à peça "Casa da Lenha" no Teatro D. maria II e foi arrebatador. Para quem não teve muito contacto com Lopes-Graça, a peça foi uma forma de algum contacto com a sua vida e obra. Foi uma das figuras marcantes do séc. XX, sem dúvida!
ResponderEliminarSaudações museológicas,
Ana Carvalho