sexta-feira, 29 de dezembro de 2006

Em contraNatal, em contraTempo - Sara é, AGORA, só notícia ...



29.12.2006 - 07h53 Tânia Laranjo in http://www.publico.clix.pt/shownews.asp?id=1280996

Sara
, a menina de dois anos e meio que anteontem morreu em Monção, apresentava indícios de ter sido violentamente agredida em diversas partes do corpo.
A última agressão, a murro e a pontapé, poderá ter acontecido na manhã de terça-feira, duas horas antes de morrer. Terá sido na sequência dessa última cena de maus tratos que
Sara sofreu a hemorragia que se revelou fatal.Estas são, pelo menos, as conclusões dos investigadores da Polícia Judiciária que já estão na posse dos resultados preliminares da autópsia. A mãe de Sara, uma mulher franzina de 24 anos, também já declarou admitir o crime, embora tivesse negado a intenção de matar a criança. O que a levou a cometer tais agressões é, para já, uma incógnita, mas ela será hoje de manhã ouvida pelo juiz de turno, no Tribunal de Monção, por indícios do crime de maus tratos agravados pelo resultado. Ontem, esteve a tarde toda a ser interrogada pela Polícia Judiciária, ainda passou, acompanhada por três inspectores, pelo apartamento onde vive, mas já não regressou a casa. Acabou por sair às 20h30 do Tribunal de Monção, em frente ao qual se agrupara uma pequena multidão, durante horas. Saiu escoltada por agentes e ficou à guarda da PJ de Braga.O estranho é que Sara tinha três irmãos, mas nenhum deles apresentava indícios de maus tratos.Ontem, os três foram retirados provisoriamente da guarda da família. O pai, pedreiro, parece não estar envolvido nos actos violentos infligidos a Sara. Diz que saía de casa todos os dias às seis da manhã e só regressava à noite e que nunca se terá apercebido de maus tratos. As últimas agressões terão ocorrido na noite de segunda-feira e na manhã do dia seguinte. A primeira aconteceu pelas 21h00 e as autoridades acreditam que Sara foi lançada das escadas exteriores do apartamento, após ter sido esbofeteada e pontapeada. Durante a manhã, já depois do pai ter saído, a mãe terá voltado a agredi-la. Violentamente e em várias partes do corpo. Designadamente na cabeça, onde a criança acabou por sofrer várias hemorragias que lhe provocaram a morte. Ontem de manhã, enquanto a autópsia da criança estava a ser realizada, os inspectores da Polícia Judiciária estavam já a interrogar a mãe, no infantário da Santa Casa da Misericórdia de Monção que os filhos frequentam desde o início de Novembro. Ouviram pacientemente a sua versão - que a criança caíra das escadas, quando se encontrava na companhia dos irmãos - e fizeram peritagens ao local. Os resultados médico-legais chegaram ao princípio da tarde. As lesões que a menina apresentava eram várias e não eram compatíveis com uma queda. Espalhavam-se pelo corpo e algumas não eram recentes. A mãe voltou a ser interrogada, agora já na presença do magistrado do Ministério Público de Monção. Acabou por declarar que batera na filha, sem explicar as razões que a levaram a agir daquela forma.


Ajuda chega tarde de mais
As marcas no corpo de Sara eram visíveis e a educadora do infantário garante que denunciou o caso à Comissão de Protecção de Crianças e Jovens no dia 4 de Dezembro. Ontem, estava agendada a primeira visita das técnicas, que iriam inteirar-se sobre a veracidade da denúncia, e um exame às crianças no centro de saúde local, que se realizou de manhã. Entretanto, os especialistas médico-legais vão agora proceder a exames complementares. A causa da morte da criança já está determinada - deveu-se a uma hemorragia, na sequência das lesões cranianas, torácicas e abdominais - tendo os médicos que determinar a que tipo de agressões foi sujeita.



REVOLTANTE !
SOFRIMENTO, MISÉRIA HUMANA , ABANDONO , PROFUNDA TRISTEZA ...




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