quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Prémio Xesús Taboada Chivite


Ilmo. Concello de Verín
Praza do Concello. 32600 Verín (Ourense)
Tlfnos: 988 410 000 / 988 410 001 / 988 410 334. FAX: 988 411 900.
http://www.verin.net/, e-mail: mailto:alcalde.verin@arrakis.es


GABINETE DE COMUNICACIÓN



Nota de Prensa

A antropóloga Paula Godinho ganha na Galiza o Prémio Xesús Taboada Chivite

Paula Godinho, professora do Departamento de Antropologia da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, ganhou o Prémio Xesús Taboada Chivite com o trabalho Ouvir o galo cantar duas vezes. Identificações locais, culturas de orla e construção de nações na fronteira entre Portugal e a Galiza. O prémio, ao que concorreram onze trabalhos, está dotado com 6.000 euros, adquirindo os organizadores os direitos de edição. A obra ganhadora foi premiada por unanimidade por um júri composto pelo Prof. Dr. Fernando Acuña Castroviejo, vice-presidente do Padroado do Museo do Pobo Galego (Santiago de Compostela); o Prof. Dr. José Gandra Portela, em representação da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro; o Prof. Dr. Lourenzo Fernández Prieto, representante da Universidade de Santiago de Compostela; a Prof. Dra. Susana Reboreda Morillo, em representação da Universidade de Vigo; o Prof. Dr. Carlos Francisco Velasco Souto, representante da Universidade da Coruña, e o Dr. António Manuel Alves Ramos, em representação do Museu da Região Flaviense (Chaves).

O Prémio Xesús Taboada Chivite

O Prémio Xesús Taboada Chivite está organizado pela Mancomunidade de Municípios da Comarca de Verín (Galiza) e tem como objectivos promover trabalhos de investigação científica nos âmbitos da arqueologia, a antropologia e a história. Também pretende homenagear ao investigador Xesús Taboada Chivite pela sua obra de estudo e divulgação nessas disciplinas. O passado ano fez-se a primeira convocatória da segunda etapa do prémio, com motivo do centenário do nascimento do autor homenageado. Na primeira etapa, entre os anos de 1988 e de2000, ganharam o prémio reconhecidos investigadores galegos, como José Eduardo López Pereira (Cultura, superstición e Etnografía de Galicia a través de Martiño de Braga), Xoán Bernárdez Vilar (A etapa portuguesa de Colón, e a súa viaxe a Tile), Antonio Balboa Salgado ( Natureza e Etnografía do Noroeste da Península nas fontes clásicas) ou José Manuel Vázquez Varela (Estudo Antropolóxico da Veterinaria Popular en Galicia).
Características da obra

Ouvir o galo cantar duas vezes. Identificações locais, culturas de orla e construção de nações na fronteira entre Portugal e a Galiza é uma densa e profunda investigação (320 páginas) sobre as fronteiras como fenómeno cultural e sobre as relações, “complexas e multidimensionais”, que se geram entre as comunidades locais fronteiriças. A autora, sob um ponto de vista histórico, começa a sua análise a criação das nações portuguesa e espanhola, e faz um estudo muito pormenorizado do Tratado Fronteiriço de 1864, pelo que se fixaram os limites actuais entre o Estado português e espanhol. O estudo premiado centra-se, sob o ponto de vista antropológico, especialmente no sector da “raia seca” compreendido entre o município português de Chaves e os galegos de Verín, Vilardevós, Oímbra e Cualedro. Como afectam às relações de cooperação e conflito nas que sempre se vincularam as veigas de Verín e Chaves os mapas mentais fronteiriços produto dos processos políticos nacionais? Como se desenvolveu a especificidade neste território da sua situação de marginalidade? Como se vive a integração na Comunidade Europeia? Estas são algumas das questões que a autora estuda no trabalho galardoado com o Prémio Xesús Taboada Chivite.

A autora premiada

Paula Godinho é antropóloga e professora no Departamento de Antropologia da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, onde lecciona antropologia aplicada aos movimentos sociais e às fronteiras, e orienta teses de doutoramento em colaboração com a École des Hautes Études em Sciences Sociales (París) e Universidad Pablo Olavide (Sevilla). Como investigadora realizou trabalho de campo no Norte de Portugal, na fronteira galega e no Ribatejo, e tem publicado, entre outras obras, Memórias da Resistência Rural no Sul (Couço, 1958-1962) e O leito e as margens - Estratégias familiares de renovação e situações liminares no Alto Trás-os-Montes raiano.
A autora premiada foi professora convidada na Universidade de Santiago de Compostela (2003) e na Universidade de Vigo (2006), tendo feito conferências e orientado cursos em diversas universidades europeias.

2 comentários:

  1. Não sabia que esta senhora existia.
    Não sabia que este prémio exitia.
    Não sabia igualmente da existência
    de tal estudo...

    Mas sei que o Carlos Queiroz é, de novo, o seleccionador nacional. Eu
    que não vejo televisão. Eu que não compro jornais. Eu, que já só quase me falta vendar os olhos, não
    tenho qualquer dúvida quanto ao Carlos Queiroz. Mal saio à rua enfiam-mo pela garganta abaixo: nos cafés, no super, etc.

    Sem comentários!

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  2. Pois é Vítor Oliveira Mateus ...
    há tanto mundo para além do que nos fazem crer !

    Há tanta gente a fazer coisas tão boas em Portugal ...

    Temos tão bons exemplos de génio e tenacidade.
    Aqui é tudo tão difícil ... para os artistas, cientistas e criadores

    mas, mesmo assim ... prosperam e multiplicam-se. Valentes portugueses !



    (acabei de ver, agora mesmo, um excelente filme português "Aquele Querido Mês de Agosto", segunda longa de Miguel Gomes. Encheu-me as medidas ... recomendo vivamente)


    Grata pelas visitas ...

    Abraço






    iv*

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