domingo, 27 de janeiro de 2008



Marionetas de Bety Gonçalves


Re.encontros no Centro Cultural do Mindelo ...
http://www.mindelact.com/marcomt2003.htm


...


Será que para sermos originais, para sermos caboverdianos de gema teremos de ter em casa motivos que únicamente fazem alusão à nossa cultura? Que fariam os ingleses, os franceses, os americanos, os japoneses, o resto do mundo ao Picasso, ao Miró, ao Tapiés, ao Velasquez, ao Dalí, ao Barceló, ao Goya que são espanhois, que fariam os espanhois ao Monet, ao Manet,ao Braque e ao Marcel Duchamp (franceses), que faria a Inglaterra à sua amada e agora nacionalizada Paula Rego (portuguesa de origem)?
Afinal onde raio pára a nossa universalidade ?

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O curioso para mim, é que todo o discurso sobre Cabo Verde aponta para a modernidade, para o facto de estarmos a um passo de alcançar maior desenvolvimento, contudo continuamos apegados às míticas representações do homem caboverdiano.
Não significará o nosso estado de civilização que também teremos de evoluir na forma como nos representamos nas artes? Seremos ainda apenas um país de camponeses, peixeiras, estivadores, emigrantes, pobres pescadores ?

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Somos um povo sem imaginação, incapaz da abstracção, da conceptualização?

Abraão Vicente, AQUI

6 comentários:

  1. Gostei de ler este Abraão "profético" sobre a difusão (ou não) cultural.

    Espero que tenhas aproveitado o calor caboverdiano, Isabel, e que os ventos não tenham soprado em demasia à beira mar...

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  2. as perguntas são pertinentes e até parecem fáceis... o problema é que nestas situações, as respostas nunca são tão lineares como as perguntas deixam antever...

    tens respostas, Isabel?

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  3. Bem pensado - nunca me tinha lembrado de fazer este tipo de reflexão.
    Resta saber se os caboverdianos fazem arte tradicional porque o seu conhecimento só lhes permite isso - e, por essa tradição, são admirados pelos europeus e por outros -, ou se, pelo contrário, eles só fazem arte tradicional porque é isso que deles se espera. Parece um caso de "pescadinha de rabo na boca"...
    Inclino-me mais para a segunda versão, mas também não é de menosprezar o facto de que um maior nível de abstracção advém de vivências diferentes e mais cosmopolitas que não são habituais em África.
    Fica a interrogação, portanto...

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  4. de todo.


    multiculturalidades.
    rumos.
    sentidos.
    sentimentos.

    ________________
    nem sempre ou quase nunca nos "objectivamos espacialmente".
    somos antes o altar do nosso passado. cruzado. emaranhado...:)
    lá como cá.
    iguais.
    _______________
    e de azul brando nos vestimos.
    e...

    e...

    já volto.

    :)

    B*

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  5. "Somos um povo sem imaginação, incapaz da abstracção, da conceptualização?"


    absolutamente Não!!!!


    ______________

    há em Cabo Verde uma fome genial de cultura.

    Mais, é um povo RICO em Cultura.

    talvez o mais diferenciado.
    (o que poucos sabem...não é?)
    e
    e
    e
    ...

    re.volto.


    B*

    ResponderEliminar
  6. I*****



    #bigadas"...

    :)



    _______________.



    tb.


    beijo****




    ________________.



    y.

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