domingo, 23 de dezembro de 2007


Fotografia de Sérgio Jacques, Campanário do Mosteiro de Leça do Balio



Deixo-me arrastar pela sedutora vertigem que me inculcam estes sítios, ponto de partida de tudo quanto de melhor me foi dado conhecer. Sinto-me repentinamente quite de todas aquelas anteriores imagens que ainda há pouco ameaçavam diminuir-me, liberto daqueles laços que ainda me levavam a acreditar ser impossível despojar-me, no plano afectivo, da personagem que ainda na véspera era. Abra-se esta cortina de sombras, e deixe-me eu guiar, sem receio, rumo à luz ! Gira, sol, e tu, noite imensa, afasta do meu coração tudo quanto não seja a fé na minha nova estrela !

" O Amor Louco", André Breton, Editorial Estampa, Lisboa, 1971 (pag. 67)

11 comentários:

  1. Espero que encontres a nova estrela, Isabel.

    Abraço e Feliz Natal

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  2. Já que Breton fala em vertigem, permita-me colega atlântica, vertiginar à minha maneira:

    "Com as mãos construo em ti a estrada dos sentidos, os meus dedos são as tuas portagens.
    A geografia dos clímaxes tem em ti o relevo fundamental.
    Não, não serei estrangeiro a essa vertigem.
    À sombra deste poema serei a paisagem que pedires, a profundidade que desejares, a transgressão que impuseres.
    Doemos a planície à rotina e habitemos as montanhas no voo da águia inaugural.
    Em cada lonjura está o fim dos diques."
    _____________________
    A propósito de museus e monumentos que tanto ama e aqui deles refere amiúde, veja no meu diário algo que, certamente, muito a chocará, a propósito do Cemitério S. Francisco Xavier na cidade de Maputo.
    Feliz Natal, Feliz Ano Novo, Feliz 2008!

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  3. amor de estrela.


    cadente.


    com papoulas.


    sempre.



    no meio de rios. rio.


    ____________________
    sorrio.


    ____________________.





    beijo.Te.





    (obrigada!)



    /pyano.

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  4. História Antiga

    Era uma vez, lá na Judeia, um rei.
    Feio bicho, de resto:
    Uma cara de burro sem cabresto
    E duas grandes tranças.
    A gente olhava, reparava e via
    Que naquela figura não havia
    Olhos de quem gosta de crianças.

    E, na verdade, assim acontecia.
    Porque um dia,
    O malvado,
    Só por ter o poder de quem é rei
    Por não ter coração,
    Sem mais nem menos,
    Mandou matar quantos eram pequenos
    Nas cidades e aldeias da nação.

    Mas, por acaso ou milagre, aconteceu
    Que, num burrinho pela areia fora,
    Fugiu
    Daquelas mãos de sangue um pequenito
    Que o vivo sol da vida acarinhou;
    E bastou
    Esse palmo de sonho
    Para encher este mundo de alegria;
    Para crescer, ser Deus;
    E meter no inferno o tal das tranças,
    Só porque ele não gostava de crianças.

    Miguel Torga


    Um Excelente Natal para ti e toda a família.

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  5. ser-se véspera. e desatinadamente luz.


    beijo I.


    B.

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  6. ser-se véspera. e desatinadamente luz.


    beijo I.


    B.

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  7. volátil ser

    em
    v
    é
    s
    p
    e
    r
    a
    de

    natal

    .

    deixo.te
    u
    m
    especial beijo

    ResponderEliminar
  8. Isabel, senti sublime este vertiginoso apelo à espiritualidade!
    Lindíssimo post!

    Um abraço amigo e beijinhos natalícios! :):)
    Boas Festas!

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  9. UM SANTO E FELIZ NATAL !

    Beijos

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  10. merrrrrrrrrrrrrrrrrry christmas !



    Chuac!_

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  11. É com carinho que te desejo um Natal com muita Paz e muita Alegria.

    Que 2008 te traga saúde em abundância, Sorte, Amor e muita Felicidade.

    Bj

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