Foto por Alberto Calheiros [ Liberal Natural ]
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Obcecado pela linguagem escrita, monólogo gráfico esperançado apenas na réplica mental de hipotéticos leitores, quase que me esquecera de reparar no milagre da oralidade, da comunicação directa, franca, livre, sem ambições quiméricas de antologia e perenidade. A palavra temperada pelo sal da boca, arredondada pela graça labial, ágil ou morosa consoante a urgência da oração, e sempre ajudada pela presença e atenção dos ouvintes. A repetição permitida, e até desejada em certos momentos, o gesto a sublinhar e a fortalecer a intenção, os próprios silêncios a colaborar na significação e clareza do discurso.
Miguel Torga, A Criação do Mundo (dia V).
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quarta-feira, 28 de outubro de 2009
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e mesmo que o discurso seja aparentemente diverso e contraditório haverá sempre quem saiba colher o silêncio dentre do texto.
ResponderEliminarmontanha. Torga. terra e infinito.
e um abraço.....multiplo e sólido.
beijos de
y.
quando a necessidade de respirar ar puro
ResponderEliminar"mergulho" aqui
.
um beijo
(não posso ir ao estuário da memória)
ResponderEliminar:((((
beijos. de "ostra".
y.
Tenho muita pena de não poder ir às ostras.
ResponderEliminarUm abraço