quinta-feira, 26 de abril de 2007

Exercício : ler, reler, tornar a ler ... respirar, decorar, recitar sem parar

Ninguém nos pode privar da alegria do primeiro momento de consciência, ou seja, da descoberta. Mas, se reclamamos as respectivas honras, a alegria corre grave risco de se desfazer. Porque na maior parte dos casos não somos os primeiros. O que é a descoberta? E quem pode dizer que descobriu isto ou aquilo? Que grande loucura é afinal alardear prioridades nesta matéria. Porque não querer confessar abertamente o plágio é arrogância e inconsciência. Há dois sentimentos que são os mais difíceis de ultrapassar: o que resulta de descobrir uma coisa que já foi descoberta e o que decorre de se não ver descoberto aquilo que se devia ter descoberto.

Johann Wolfgang von Goethe, in "Máximas e Reflexões"

3 comentários:

  1. Adorei, Isabel! Muito bem lembrado!
    Na verdade, não descobrimos nada sózinhos. Isto é tudo um grande trabalho de equipa. É bom não esquecer isso.
    Beijinhos da Ana Paula

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  2. o universo é enorme, mas também frágil, as ideias e criação do ser humano, navegam nos oceanos do pensamento, mas também nesses pequenos rios escondidos em territórios perdidos e a descobrir***
    uma boa semana
    paula e rui lima

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  3. Olá Isabel

    a noção de plágio sempre me suscitou muitas dúvidas...

    que somos nós senão o resultado do conjunto de leituras? Que somos nós senão mistura de saber dos outros feito, carga ancestral que transportamos e vamos acumulando?

    Eu, sou
    citação de um livro aqui...
    aroma colhido além...
    som rasgando um azul...
    traçado magenta num qualquer ângulo onde fiquei...

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