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From: antropologia <antropologia@fcsh.unl.pt>
Jill Dias
20.03.1944 –28.04.2008
Jill Rosemary Dias, nasceu no Reino Unido vindo depois a nacionalizar-se portuguesa, (continuando a assinar Rosemary em vez de Rosa Maria como a nacionalização lhe impusera). Obteve o seu doutoramento em Oxford em 1973. Desde 1982 que integrava o Departamento de Antropologia da Universidade Nova de Lisboa onde assumiu o lugar de Professora Catedrática em 1996.
Desde o início do seu trabalho tutelado por instituições portuguesas - encetado com a pesquisa arquivística das fontes relativas à História do século dezanove em Angola – que se rebelou, pioneira mas discreta, contra constrangimentos disciplinares. Na verdade, simplesmente se mantinha alheada desses limites, como de os que formalmente separam nacionalidades, instituições, estatutos ou idades.
Foi a marca dessa tranquila renitência que deixou nos cargos que exerceu no Departamento de Antropologia da FCSH – a que presidiu empenhada durante vários anos - e junto dos colegas e estudantes, desse e doutros departamentos, por quem era particularmente querida.
Terá sido o mesmo espírito que a levou a estimular e agregar jovens investigadores de diferentes áreas, a fundar o Centro de Estudos Africanos e Asiáticos do IICT – Instituto de Investigação Científica e Tropical – que dirigiu desde 1986, e a fundar a Revista Internacional de Estudos Africanos.
A sua obra, reconhecida nacional e internacionalmente, inspirou de modo decisivo a investigação contemporânea na Antropologia Colonial e Pós-Colonial e na História da África Lusófona. O seu incentivo e apoio absoluto a todos os que ambicionavam pesquisar nessas áreas, multiplicou-a.
As suas aulas foram espaços de exemplar convivência da sensibilidade com a Ciência.
Recentemente integrou o CRIA – Centro em Rede de Investigação em Antropologia – com o entusiasmo discreto mas cintilante que levava para cada novo desafio.
Traços raros de carácter, como a sua discrição, mas eventualmente mais ainda, a sua inesgotável generosidade e disponibilidade profissional e pessoal, poderiam ter ofuscado o seu enorme talento e produção criativa e diversificada. Mas antes se aclararam mutuamente, para melhor ainda nos iluminarem.
20.03.1944 –28.04.2008
Jill Rosemary Dias, nasceu no Reino Unido vindo depois a nacionalizar-se portuguesa, (continuando a assinar Rosemary em vez de Rosa Maria como a nacionalização lhe impusera). Obteve o seu doutoramento em Oxford em 1973. Desde 1982 que integrava o Departamento de Antropologia da Universidade Nova de Lisboa onde assumiu o lugar de Professora Catedrática em 1996.
Desde o início do seu trabalho tutelado por instituições portuguesas - encetado com a pesquisa arquivística das fontes relativas à História do século dezanove em Angola – que se rebelou, pioneira mas discreta, contra constrangimentos disciplinares. Na verdade, simplesmente se mantinha alheada desses limites, como de os que formalmente separam nacionalidades, instituições, estatutos ou idades.
Foi a marca dessa tranquila renitência que deixou nos cargos que exerceu no Departamento de Antropologia da FCSH – a que presidiu empenhada durante vários anos - e junto dos colegas e estudantes, desse e doutros departamentos, por quem era particularmente querida.
Terá sido o mesmo espírito que a levou a estimular e agregar jovens investigadores de diferentes áreas, a fundar o Centro de Estudos Africanos e Asiáticos do IICT – Instituto de Investigação Científica e Tropical – que dirigiu desde 1986, e a fundar a Revista Internacional de Estudos Africanos.
A sua obra, reconhecida nacional e internacionalmente, inspirou de modo decisivo a investigação contemporânea na Antropologia Colonial e Pós-Colonial e na História da África Lusófona. O seu incentivo e apoio absoluto a todos os que ambicionavam pesquisar nessas áreas, multiplicou-a.
As suas aulas foram espaços de exemplar convivência da sensibilidade com a Ciência.
Recentemente integrou o CRIA – Centro em Rede de Investigação em Antropologia – com o entusiasmo discreto mas cintilante que levava para cada novo desafio.
Traços raros de carácter, como a sua discrição, mas eventualmente mais ainda, a sua inesgotável generosidade e disponibilidade profissional e pessoal, poderiam ter ofuscado o seu enorme talento e produção criativa e diversificada. Mas antes se aclararam mutuamente, para melhor ainda nos iluminarem.
oh alma discreta e generosa....!
ResponderEliminardiz-me. diz.me que estás bem!
beijo-t.e.