“NÓS TRABALHAMOS COM AS MÁQUINAS !”
DA OFICINA AO MUSEU
Polo Museológico
Exposição, in situ, das máquinas e ferramentas que integraram, nos últimos, 30 anos, a oficina de artefactos metálicos para dossiês, calendários e arquivos do CAO 1/ APPACDM em Setúbal, numa oficina-museu que constitui hoje um Polo visitável do Museu do Trabalho Michel Giacometti, em Setúbal.
Nesta oficina laboram, desde o início da década de oitenta, mais de três
dezenas de cidadãos deficientes, treinados com persistência e mestria, para operar com máquinas de serralharia e mecânica, engenhosamente adaptadas, nas décadas de setenta e oitenta, por um experiente mestre de oficina (O mestre Lima, pai de um utente) e por uma terapeuta ocupacional.
Ele melhorava as possibilidades das máquinas e ela as possibilidades das pessoas, na tentativa de minimizar os riscos e aumentar a eficiência da oficina.
Deste aperfeiçoamento técnico nasceram novos saberes e uma tal identificação entre o operador e a máquina que os tornou inseparáveis. Através das máquinas (extensão da sua eficiência) estes cidadãos sentem-se seguros e aptos. Sabem falar do que fazem, têm as palavras certas para designar as acções e as competentes habilidades manuais para as executar.
As regras e valores oficinais, base do aprendizado, contribuíram para interiorizar códigos de socialização, elevar a auto-estima e reforçar a identidade do grupo.
Hoje, limitada pelas normas de produção e pela idade dos operadores, esta oficina convertida em museu, oferece a possibilidade de visitas guiadas, que dão a conhecer esta extraordinária aventura contada e exemplificada pelos próprios, apoiados por técnicos da instituição, que entenderam o papel das memórias como terapia e dos museus na contemporaneidade com espaços de comunicação, socialização e aprendizagem.
Esta circunstância histórica (esta “bolha” no tempo) permitiu ainda que Setúbal, uma cidade tradicionalmente conserveira, possa apresentar um conjunto notável de máquinas e ferramentas contemporâneas dos primórdios da indústria, intactas e a funcionar.
Ironia do destino, tal só foi possível, porque mãos hábeis de pessoas deficientes, adestradas com eficiência, foram capazes de tal proeza.
DA OFICINA AO MUSEU
Polo Museológico
Exposição, in situ, das máquinas e ferramentas que integraram, nos últimos, 30 anos, a oficina de artefactos metálicos para dossiês, calendários e arquivos do CAO 1/ APPACDM em Setúbal, numa oficina-museu que constitui hoje um Polo visitável do Museu do Trabalho Michel Giacometti, em Setúbal.
Nesta oficina laboram, desde o início da década de oitenta, mais de três
dezenas de cidadãos deficientes, treinados com persistência e mestria, para operar com máquinas de serralharia e mecânica, engenhosamente adaptadas, nas décadas de setenta e oitenta, por um experiente mestre de oficina (O mestre Lima, pai de um utente) e por uma terapeuta ocupacional.
Ele melhorava as possibilidades das máquinas e ela as possibilidades das pessoas, na tentativa de minimizar os riscos e aumentar a eficiência da oficina.
Deste aperfeiçoamento técnico nasceram novos saberes e uma tal identificação entre o operador e a máquina que os tornou inseparáveis. Através das máquinas (extensão da sua eficiência) estes cidadãos sentem-se seguros e aptos. Sabem falar do que fazem, têm as palavras certas para designar as acções e as competentes habilidades manuais para as executar.
As regras e valores oficinais, base do aprendizado, contribuíram para interiorizar códigos de socialização, elevar a auto-estima e reforçar a identidade do grupo.
Hoje, limitada pelas normas de produção e pela idade dos operadores, esta oficina convertida em museu, oferece a possibilidade de visitas guiadas, que dão a conhecer esta extraordinária aventura contada e exemplificada pelos próprios, apoiados por técnicos da instituição, que entenderam o papel das memórias como terapia e dos museus na contemporaneidade com espaços de comunicação, socialização e aprendizagem.
Esta circunstância histórica (esta “bolha” no tempo) permitiu ainda que Setúbal, uma cidade tradicionalmente conserveira, possa apresentar um conjunto notável de máquinas e ferramentas contemporâneas dos primórdios da indústria, intactas e a funcionar.
Ironia do destino, tal só foi possível, porque mãos hábeis de pessoas deficientes, adestradas com eficiência, foram capazes de tal proeza.
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