O Museu do Oriente, que será inaugurado amanhã, dia 8 de Maio, em Lisboa, vai funcionar como um centro cultural e terá uma programação que inclui cinema, música, dança, teatro, além das exposições voltadas para a Ásia.
Instalado junto ao Tejo, num edifício construído nos anos 40 para receber os Armazéns Frigoríficos do Porto de Lisboa e agora totalmente recuperado, este projecto da Fundação Oriente vai ocupar uma área de 15.500 metros quadrados, com seis pisos à superfície e uma cave.
O museu, apresenta duas exposições de carácter mais longo - "Presença Portuguesa na Ásia" e "Deuses da Ásia" - e uma exposição temporária, "Máscaras da Ásia".
A primeira exposição tem 1.400 peças alusivas à presença portuguesa no Oriente (essencialmente obras adquiridas pela Fundação ao longo de 20 anos) e a exposição "Deuses na Ásia" reúne 650 peças da colecção Kwok On (instrumentos musicais, marionetas, pinturas, porcelanas e lanternas, por exemplo).
A colecção Kwok On é constituída por mais de 13 mil peças de arte popular de toda a Ásia, que serão expostas em ciclos.
Na galeria de exposições temporárias ficará durante seis meses a mostra "Máscaras da Ásia", composta por mais de 200 máscaras da Índia, Sri Lanka, Tailândia, China, Coreia e Japão.
A partir de Setembro, haverá uma outra exposição temporária com obras de jovens pintores chineses.
Nos primeiros dias, o Museu do Oriente vai apresentar uma peça musical desenvolvida pelo pianista Mário Laginha, que convidou alguns instrumentistas orientais (do Vietname, da Índia e do Japão) para o acompanharem.
O Museu do Oriente tentou criar parcerias com eventos que já têm uma tradição na cidade, como é o caso destes festivais, apresentando "a componente oriental" das suas programações, segundo um responsável da Fundação Oriente.
Para a programação do primeiro mês foi ainda anunciado um espectáculo com a fadista Ana Moura, no dia 17.
O Museu do Oriente tem também actividades lúdicas e pedagógicas, a cargo do Serviço Educativo, incluindo visitas guiadas gerais e temáticas.
Estão previstos cursos de línguas orientais, workshops de yoga, de cozinha vietnamita ou de "chá com arte", a par de ateliers de pintura e caligrafia e de actividades para crianças.
Nos primeiros dias, os mais novos podem aprender com elementos do grupo Ekvât, de música tradicional de Goa, passos de uma dança de curumbins e canções em concani (língua falada em Goa) ou ainda experimentar os trajes típicos.
O edifício da zona portuária de Alcântara foi totalmente remodelado para acolher as várias componentes do museu, num projecto que ficou a cargo dos arquitectos Carrilho da Graça e Rui Francisco, com um pequeno jardim concebido por Gonçalo Ribeiro Telles.
Na cave, ficam instalados o centro de documentação (que pretende constituir uma referência na pesquisa de informação sobre a Ásia e as suas relações com Portugal) e uma cafetaria.
Os três primeiros pisos são destinados às exposições, no terceiro piso ficam as reservas e áreas técnicas afectas ao acervo museológico e acima estão o centro de reuniões (com cinco salas), o auditório com 360 lugares e um restaurante com vista sobre o Tejo.
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Fonte : © 2008 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.