Utopia
Cidade
Sem muros nem ameias
Gente igual por dentro
gente igual por fora
Onde a folha da palma
afaga a cantaria
Cidade do homem
Não do lobo mas irmão
Capital da alegria
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Braço que dormes
nos braços do rio
Toma o fruto da terra
E teu a ti o deves
lança o teu
desafio
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Homem que olhas nos olhos
que não negas
o sorriso a palavra forte e justa
Homem para quem
o nada disto custa
Será que existe
lá para os lados do oriente
Este rio este rumo esta gaivota
Que outro fumo deverei seguir
na minha rota?
José Afonso
Postado por DUARTE VICTOR no BLOGAMARGEM
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(1) Dedico, hoje, " O Poeta e o Sábio" ao intemporal José Afonso para que se mantenha vivo e desassossegue ...
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O Poeta e o Sábio
A alma exprime o natural sobrenaturalizado, isto é, dum modo original, porque a alma, oriunda de tudo, é senhora de tudo, independente. Sendo todas as coisas, é outra coisa. É todas as árvores e a Árvore. Quando se exalta e canta, num poeta, pode atingir a Divindade, vence o tempo e o espaço, as duas barreiras tenebrosas. Mas o sábio pretende observar o mundo, com uma isenção perfeita, surpreender a realidade limpa de detritos humanos, materialmente pura. Deseja aniquilar a sua personalidade criadora, em benefício do senso crítico. Conseguirá ele, um dia, isolar-se, por completo, dessa personalidade contagiosa? e, distanciado de si mesmo, falecido em si mesmo, contemplar o universo, com uns olhos de caveira inteligente?
Teixeira de Pascoaes, in 'O Homem Universal'
in Blog do Citador
bom dia, Isabel!!!!!!!!!
ResponderEliminarbelo, belo, belo.
prazer imenso tb por ti.
beijo
B.
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vai a http://www.ai-o-camandro.blogspot.com/
ResponderEliminarcom um especial sobre o zeca.
bejnhs
hum hum...Teixeira de Pascoaes...um dos meus super super eleitos....
ResponderEliminare o Zeca....
que viveu em Setúbal....
e foi prof. no Liceu de lá...e ...quantas mas quantas cantigas no cais...quando a noite embalava os barcos e os pescadores amanhavam a sardinha escassa...mas digna...
hum hum hum...e de repente o passado vira presente.
felizmente.
beijoooooooooooooooooooooooo!
Y.
piano.
Olha, tá linda a foto e isto aqui anda mais chique sim senhora. Adoro o Zeca e é um prazer ler aqui e ver-te lá. Já vi teu recado. Tá de pé sim. Ontem a noite terminou hoje e o meu dia começou já a meio. Mas uma pessoa tb merece estar de férias. Muitos beijos. Tb adorei.
ResponderEliminarOlá Isabel
ResponderEliminarQue bonito!
Que bem escolhido o "O Poeta e o Sábio" para dedicar ao José Afonso
Os anos vão passando e a música portuguesa com eles, no entanto "Venham Mais Cinco" continua a ser o mais belo disco da musica popular portuguesa.
ResponderEliminarPaula e Rui Lima
Que bela utopia. Um abraço.
ResponderEliminarDeixo-te um comentário eterno:
ResponderEliminarNós cantamos-te, sempre. Claro. Sem parar. Nunca. Com toda a força. Toda. Mais e mais. Evidente. Zeca é único e toda a gente.
Quando canto esta música rebento com a força contrária, como se fosse "voltarei sempre a cantar-te"!
Já agora, aqui fica para ti, o que é de todos:
CARTA AO ZECA
Música e Letra: José Mário Branco
Vieste de menino de oiro pela mão
Acordar a madrugada
E fez mais às vezes uma só canção
Do que muita panfletada
Grandes janelas soubeste abrir
Por onde o ar correu sem te pedir
Que não se cansem de nascer
As fontes onde vais beber
REFRÃO:
Nunca mais te hás-de calar
Ó Zeca, para nós
Canta sempre sem parar
Que é seiva e flor
A tua voz
Vestiste a capa de caloiro coimbrão
Para ultrapassar o fado
E, em cada Natal, teu fruto temporão
Nunca foi ultrapassado
Na distracção jogas à defesa
Com o humor disfarças a tristeza
Cantas a esp’rança e o amor
Que o povo te ensinou de cor
AO REFRÃO
Nem tudo o que reluz é oiro, pois então
E bem gostaria o facho
De te ver calado e manso pelo mão
Com medalhas no penacho
Co’a tua ronha felina e sã
Vais-lhe atirando as flechas de amanhã
O olho pisco a acender
E a garganta a acontecer
AO REFRÃO
Ida ...
ResponderEliminarMinha querida Ida. Só tu !
Que beleza ...
entre chorar e rir *
isabel