quarta-feira, 31 de janeiro de 2007
" Conheci " o Al Berto ... revisito-(o) sempre com emoção
Que longevidade
(Al Berto)
que longevidade terá a morte das aves no âmbar da noite?
e os passos envenenados de quem fere as palavras?
que horas serão para lá desta precária sílaba?
ouço a voz estonteante dos guardadores de fogos
a suave fala de marítimas estrelas... a lua rente à parede
a fuligem da memória... o susto
nada me ensinaram
e no entanto aprendi a viver com este zumbido no coração
nada me contaram
mas suspeito que continuarei sozinho até ao fim
nada me disseram
tenho 35 anos... ainda bem que voltaste!
não
não tenho fome... repara
a noite insinua-se na pele e dilui a loucura
calemo-nos um instante
o susto cresce
da tua voz de ontem no gravador
in http://homepage.mac.com/mnemosine/iblog/
segunda-feira, 29 de janeiro de 2007
Recuperação do Convento de Jesus - Setúbal
O presidente do Instituto Português do Património Arquitectónico, Elísio Summavielle, assina terça-feira a consignação das obras de recuperação da Igreja do Convento de Jesus no valor de 150 mil euros, anunciou hoje a Câmara de Setúbal.
Segundo revelou hoje à Lusa a presidente da Câmara de Setúbal, Maria das Dores Meira, a verba desbloqueada pelo IPPAR destina-se à primeira fase das obras, em que se pretende resolver alguns problemas na cobertura da igreja, infiltrações, limpeza da fachada e recuperação de azulejos do edifício.
«O valor fica aquém do necessário e do que estava previsto», afirmou Maria das Dores Meira, que aguarda ainda pela definição de datas e verbas atribuídas para a segunda e terceira fase da recuperação do Convento de Jesus, com um valor global estimado em cerca de 600 mil euros.
Além das obras financiadas pelo IPPAR, o projecto de recuperação do Convento de Jesus - onde foi ratificado o Tratado de Tordesilhas, que dividiu o mundo entre Portugal e Espanha - inclui ainda intervenções para dotar o espaço com condições ideais para alojar o Museu de Setúbal, que serão realizadas pela Câmara Municipal.
A Igreja do Convento de Jesus, projectada pelo grande arquitecto Boitaca e considerada uma jóia da arquitectura portuguesa, ensaia as especificidades da arquitectura manuelina que se lhe seguiria, particularmente, no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa.
O Convento de Jesus, um dos principais monumentos da cidade de Setúbal, é considerado um expoente máximo do período manuelino.
in Diário Digital / Lusa
26-01-2007 15:44:19
Conversar
Em um poema leio:
Conversar é divino.
Mas os deuses não falam:
fazem, desfazem mundos
enquanto os homens falam.
Os deuses, sem palavras,
jogam jogos terríveis.
O espírito baixa
e desata as línguas
mas não diz palavra:
diz luz. A linguagem
pelo deus acesa,
é uma profecia
de chamas e um desplume
de sílabas queimadas:
cinza sem sentido.
A palavra do homem
é filha da morte.
Falamos porque somos
mortais: as palavras
não são signos, são anos.
Ao dizer o que dizem
os nomes que dizemos
dizem tempo: nos dizem,
somos nomes do tempo.
Conversar é humano.
Octavio Paz
in http://www.culturapara.art.br/opoema/octaviopaz/octaviopaz.htm
sexta-feira, 26 de janeiro de 2007
Realiza-se entre os dias 5 e 8 de Julho de 2007 um seminário internacional intitulado “Memórias e Migrações: Museus, História, Educação, Diversidades“.
Terá lugar em Fafe.
Mais informações:http://www.museu-emigrantes.org
in http://nomundodosmuseus.wordpress.com/
3 de Fevereiro (Sábado) - 21h30
Casa do Povo da Longra
Felgueiras
Felgueiras abre ciclo de homenagens pelo país
SOMOS NÓS OS TEUS CANTORES
José Afonso
SomosNósOsTeusCantores.pdf
Fiquei a pensar nesta imagem ...
http://blogda-se.blogspot.com/ " Sementeiras do diabo "
Não ouso comentar ...
pedi-a ao autor para marcar as folhas deste "Caderno de Campo".
Aqui a deixo em jeito de memorial ...
terça-feira, 23 de janeiro de 2007
Leve, leve, muito leve,
Um vento muito leve passa,
E vai-se, sempre muito leve.
E eu não sei o que penso
Nem procuro sabê-lo.
Alberto Caeiro, O Guardador de Rebanhos
in BLOGAMARGEM
CESARINY EM ESTREMOZ
EXPOSIÇÕES
Contemporâneos de Cesariny na colecção da Galeria de Desenho do Museu Municipal Prof. Joaquim VermelhoSala de Exposições Temporárias do Museu Municipal
27 de Janeiro a 25 de Fevereiro
Um Postal para o Mário Cesariny - Viagem a Arcturus
Sala de Exposições Temporárias do Museu MunicipaleSala de Exposições Temporárias do Centro Cultural Dr. José Lourenço Marques Crespo
4 de Março a 1 de Abril
POESIA
Palestra sobre vida e obra de Cesariny, com a declamação de alguns poemas do autor
Café Águias d’Ouro
17 de Fevereiro pelas 16horadores: Hugo Guerreiro, António Simões, Francisco Garção e Carlos Martins (a confirmar)
Edição de poemas surrealista em memória de Cesariny
Data a confirmar em programa próprio
Peça: "O Papá que vem do Leste" / Mário Cesariny / Acrílico sobre tela / 1980 / Colecção João Garção
Fotografia: José Cartaxo
posted by Museu Municipal Prof Joaquim Vermelho at 3:35 PM
segunda-feira, 22 de janeiro de 2007
“Encontrar um Caminho para Todos - As Novas Tecnologias e o Acesso aos Museus”
Janeiro 22nd, 2007 by Ana Carvalho
in http://nomundodosmuseus.wordpress.com/
No dia 29 de Janeiro, segunda-feira, o GAM – Grupo para a Acessibilidade nos Museus vai organizar o segundo seminário anual, que terá lugar no Auditório 3 da Fundação Calouste Gulbenkian.
Encontrar um Caminho para Todos - As Novas Tecnologias e o Acesso aos Museus, é o título do seminário deste ano. Conta com a presença de profissionais de museus, representantes de empresas nacionais e estrangeiras e instituições ligadas a projectos em que as novas tecnologias permitem que a acessibilidade física, de informação e de comunicação, nos museus se torne mais eficaz.
A participação neste seminário é gratuita. A ficha de inscrição deverá ser enviada para:
Nome: Maria VlachouE-mail: mariavlachou@clix.pt
Programa
Ficha de Inscrição
Museu Judaico de Belmonte - visitei e recomendo ...
O Museu Judaico de Belmonte, inaugurado em Abril de 2005 , é um museu tutelado pela Câmara Municipal de Belmonte, que retrata a longa história da comunidade judaica na região, que resistiu a longos anos e séculos de perseguição religiosa. É o primeiro museu deste género em Portugal, localizado no último reduto da comunidade criptojudaica aí instalada por volta do século XV.
http://www.estudosjudaicos.ubi.pt/index.html
O museu expõe mais de uma centena de alfaias religiosas e objectos do quotidiano utilizados por famílias hebraicas, especialmente da Beira Interior e Trás-os-Montes
http://www.cm-belmonte.pt/Museujudaico/museujudaco.html
Visitei este museu, numas pequenas férias de Natal no final de 2005 e gostei imenso ! Apreciei a limpidez/clareza da museografia, a excelente colecção em exposição permanente, a extensa pesquisa que informa todo o circuito e a homenagem feita às vítimas através de uma extensa de listagem nomes, patente na exposição, em jeito de memorial. Também me agradou o atendimento feito por um jovem descendente da comunidade judaica, nascido na região, que apresentava com todo rigor e segurança o museu, falava com emoção das temáticas abordadas. Orgulhoso da missão pedagógica do museu, das tarefas que lhe estavam cometidas, mostrava-se satisfeito pela oportunidade de emprego que este museu criou em Belmonte. Na loja do museu vende-se vinho Kosher , um vinho especial "a partir do momento que a uva se transforma em vinho, não pode haver contacto nem com máquinas nem com o vinho de algum elemento que não seja da Comunidade Judaica" e um finíssimo azeite cuja prova aconselho vivamente. É magnífico !
Vá ao museu e aproveite para fazer uma visita tranquila pela vila de Belmonte. Pode começar pelo castelo, fortificação que testemunha o passado desta vila. A igreja de S. Tiago, templo românico do séc. XIII, em conjunto com a capela de N. Sra. da Piedade, belíssimo conjunto gótico. Já no séc. XV é anexado o Panteão dos Cabrais onde hoje estão depositadas as cinzas de Pedro Álvares de Cabral. Poderá ainda visitar o Solar dos Cabrais construído no séc. XVIII. A Igreja Matriz é uma construção recente, do séc. XX, guarda a imagem quatrocentista de N. Sra da Esperança que, segundo a tradição, acompanhou Cabral na viagem de descoberta do Brasil. É também visita obrigatória a Sinagoga em conjunto com os diferentes espaços museológicos que estão ao dispor.
Na Tulha, um edifício de granito do século XVIII onde eram armazenadas as rendas da família Cabral, encontra-se agora instalado o Ecomuseu do Zêzere ( uma viagem pelas várias idades do rio da nascente até à Foz) . Para além do já referido Museu Judaico, também integra esta expressiva e bem articulada, rede de museus municipais de Belmonte o " Museu do azeite " implantado num antigo lagar , belissimamente preservado e recreado, onde também se pode comprar azeite, derivados, acessórios e vasilhame, fazendo jus a este prodígio da cultura mediterrânica
Curioso também é o memorial (uma inscrição em pedra), na Praça central, junto à biblioteca, que assinala a passagem do Zeca Afonso por estas paragens ...
domingo, 21 de janeiro de 2007
Pecado
Nas aldeias antigas, as mulheres do campo
esperavam o princípio da tarde para correrem
no meio das searas, em busca de uma clareira
onde se pudessem despir, para que o sol,
descendo à terra, as pudesse possuir. O fogo
que nascia dos seus lábios pegava-se à erva,
e durante um instante toda a seara ardia,
sem fogo nem fumo, apenas com o desejo
que se soltava da sua boca, e ia apagar o sol,
nas tardes em que a noite caía mais cedo.
Espreitei essas mulheres quando voltavam
das searas, e nos seus olhos traziam um cansaço
de amor. Acompanhei-as às suas casas, e vi-as
deitarem-se contra a parede, olhando os seus
rostos no espelho que as velhas seguravam.
Tinham no rosto um princípio de melancolia;
mas diziam-me que a noite resolveria tudo,
quando a sua cabeça se enchesse de sonhos.
«Que queres daqui?» perguntavam-me. E eu
pedia-lhes que me guardassem a imagem
do espelho, em que a eternidade se dissipa,
como o seu sorriso no rescaldo do prazer
Nuno Júdice @ 12:46
http://aaz-nj.blogspot.com/2006_06_01_aaz-nj_archive.html
(In)Temporalidades ...
Foi inaugurada ontem, nos Paços da Cultura em S. João da Madeira, uma mostra do fotógrafo Gérard Castello-Lopes designada “(In)Temporalidades”.
Esta mostra reúne algumas das imagens mais emblemáticas da história da fotografia portuguesa.
A exposição estará patente até 28 de Fevereiro, todos os dias, das 10h às 24h.
A não perder!
consulte http://www.cm-sjm.pt/ ou http://pacosdacultura.blogspot.com/)
sábado, 20 de janeiro de 2007
O triciclo
quinta-feira, 18 de janeiro de 2007
Museu de imagens do inconsciente
Nasceu em Aratu, Bahia, em 1918
http://www.museuimagensdoinconsciente.org.br/html/setores.html
O Museu de Imagens do Inconsciente teve origem nos ateliês de pintura e de modelagem da Seção de Terapêutica Ocupacional, organizada por Nise da Silveira em 1946, no Centro Psiquiátrico Pedro II. Aconteceu que a produção desses ateliês foi tão abundante e revelou-se de tão grande interesse científico e utilidade no tratamento psiquiátrico que pintura e modelagem assumiram posição peculiar.
Daí nasceu a idéia de organizar-se um Museu que reunisse as obras criadas nesses setores de atividade, a fim de oferecer ao pesquisador condições para o estudo de imagens e símbolos e para o acompanhamento da evolução de casos clínicos através da produção plástica espontânea.
Em 20 de maio de 1952 foi inaugurado o Museu de Imagens do Inconsciente, numa pequena sala. Em 28 de setembro de 1956 passou a ocupar mais amplas instalações inauguradas com a presença dos ilustres psiquiatras Henry Ey, Paris; Lopez Íbor, Madrid; e Ramom Sarró (Barcelona) que se encontravam no Rio a convite da Universidade do Brasil. Já naquela data, segundo o professor Lopez Íbor, o Museu de Imagens do Inconsciente “reunia uma coleção artística psicopatológica única no mundo” (...)
Endereço: Rua Ramiro Magalhães, 521, Engenho de Dentro - CEP: 20730-460 - Rio de Janeiro - Brasil - Tels: (21) 3111-7471 / 7467
A propósito de grandes portugueses ...
quarta-feira, 17 de janeiro de 2007
Moínhos de vento...
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Saudade é ... olhar para o fundo do poço, sentir o frio na cara, procurar-se no reflexo nas águas e deixar-se embalar no eco.
Estava a pensar em saudades ... e ocorreu-me esta imagem da minha infância que tanto me fazia sonhar ... olhar para o fundo do poço, debruçar-me, desafiando o perigo, desobedecendo a avisos e ralhetes de pais e avós.
Não fui menina de “ infantário “ . Cresci em liberdade, numa pequena quinta, perto de Ílhavo. Mesmo em frente à janela do meu quarto, tinha um imponente moinho de vento que rugia, em dias de ventania, numa toada metálica que fazia sonhar ... à noite metia medo ... mas a minha vontade era sempre subir até lá acima ...
Ficava por ali com o meu irmão, sob o olhar da minha avó Amélia e das pessoas que lá trabalhavam. Os dias pareciam enormes ... havia sempre tanto para ver e fazer ... descobrir como é que as toupeiras desviavam a água das caleiras de rega, porque é que os rabos das lagartixas continuavam a mexer depois de cortados, imaginar como seriam as doninhas que, à noite, atacavam o galinheiro e reduziam tudo a um festival de penas. Colher os agriões que nasciam numa vala de água corrente ao fundo da quinta (esses agriões picavam na língua ... nunca mais os encontrei.! ), ver as formas engraçadas que tomavam as abóboras para se ajeitarem à terra e ao sol. Conhecer as boas arvores de fruto (que nem sempre eram as mais bonitas). A ameixeira grande junto ao poço, a nogueira, as laranjeiras tais e tais e a velha figueira. O deslumbramento de comer figos (pingo de mel) mesmo por debaixo da figueira ... um aroma, doce ... que me faz , ainda hoje, ter uma espécie de culto gustativo por figueiras e figos. Não sabia o que eram pizzas, salsichas e yogurtes, esta espécie só muito mais tarde a descobri e nunca aderi. Aos Domingos reunia-se a família, vinham os outros avós, faziam-se
assados no forno de lenha e havia sempre canja (talvez por isso, hoje não sou muito apreciadora desta sopa ...).
As roupas eram feitas pela Mindinha, uma costureira, mulher de um bacalhoeiro embarcadiço, que ia a casa transformar calças em vestidos, camisas em calções e outros remedeios. Não me lembro de andar às compras. Salvo as idas à mercearia do Sr. José Branco, com a minha avó, onde ela ficava algum tempo, a falar da vida e me ia ensinando a fazer contas. Essa mercearia tinha, empilhadas em pirâmide, à entrada, barricas da sardinha amarela que iam, lá para fora, para o soldados do Ultramar (era assim que me explicavam o sentido deste aglomerado escultórico, tão exótico aos olhos de uma criança ... )
Aos seis anos comecei a ouvir falar em ir para a escola ... sentia curiosidade e inquietação ... ficava pendurada na janela a ver os miúdos a passar e pensava ... de que é que eles falam ? Quando eu for, assim, para a escola vou falar de quê, com eles ? Mas depois, fui para a escola e gostei ... mesmo com uma professora que, na primeira classe, dava réguadas que até ferviam nas mãos (tudo muito pedagógico!), entusiasmava-me a aventura de sair sozinha e de aprender coisas novas. Tinha um certo orgulho nos cadernos, na minha bata branca. O pior eram os cabelos, diariamente entrançados pela minha mãe, entre súplicas e arrepelos. Mas rapidamente me habituei ... comecei a querer mais ...
O meu pai fazia teatro amador e sempre se interessou muito por novidades musicais e literárias. Tinha em casa um sítio muito especial que eu disputava - o escritório. Prerrogativas de género ... nesse tempo, nesse meio, existia uma profunda diferenciação entre mundos de homens e mulheres, mundos de adultos e crianças ... só me restava ir ao escritório às escondidas, vasculhar tudo com imenso cuidado e não deixar rasto. Um dia correu mal ... entusiasmei-me com uns fascículos soltos de "As Maravilhas Artísticas do Mundo" (os quadros pareciam mesmo verdadeiros ... até estavam protegidos com papel de seda. Eram mesmo irresistíveis ! ), deixei tudo baralhado e à noite houve serão e missa cantada ... fiquei proibida de voltar ao escritório ! Se quisesse continuar a ler tinha que apelar à conivência da minha mãe ...
Enfim, a estória já vai longa ... e eu continuei sempre a assaltar “ escritórios “ de forma transgressora !
iv.
Auditório da Biblioteca Municipal da Póvoa de Varzim
Sábado, 20 de Janeiro de 2007
Mais informação
http://www.museusportugal.org/news/noticia.asp?rid=00.000.0000000016037
terça-feira, 16 de janeiro de 2007
PARTILHA DE CORRESPONDÊNCIA
Assunto:
MINOM-ICOM http://www.minom-icom.net/
ESTIMADOS AMIGOS DE MINOM:
LES ESCRIBO PARA SALUDARLOS Y RECORDARLES QUE ES IMPORTANTE ESTAR EN CONTACTO PERMANENTE... AHORA INICIA LA CUENTA REGRESIVA PARA ORGANIZAR EL XII TALLER INTERNACIONAL DE MINOM, MAS O MENOS PARA LOS MESES DE OCTUBRE O NOVIEMBRE DEL PRESENTE AÑO. ¿ EN DONDE SE CELEBRARA ? AL PARECER NO EXISTEN CONDICIONES ECONÓMICAS EN MEXICO E ITALIA, TAL VEZ PODRÍA SER EN FRANCIA, BRASIL, ESPAÑA O PORTUGAL..
CON RESPECTO A LOS TEMAS DE DISCUSIÓN PROPUESTOS, LES COMUNICO QUE INICIAREMOS SU RECEPCIÓN A PARTIR DEL 15 DE FEBRERO, ENVIÁNDOLOS A ESTA PRESIDENCIA O DIRECTAMENTE AL SITIO WEB DE MINOM. www.minom-icom.net
RECIBAN UN FUERTE ABRAZO.
RAUL A. MENDEZ LUGO (MEX)
PRESIDENTE DE MINOM
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Entretanto aproveito para deixar, já aqui, a minha proposta para reflexão e comentário
A Escuta activa ! Missão prioritária do Museu no Sec XXI ...
Esta é a minha proposta e responde à necessidade sentida, de que o museu do sec XXI, OUÇA as pessoas e se comprometa na resolução dos problemas das comunidades, usando as metodologias e ferramentas da Museologia (campo multidisciplinar de acção, em prol do conhecimento e da inclusão)
SAUDAÇÔES Isabel Victor - Portugal
Livros de Antropologia em Diálogo
CEAS – 20 ANOS DE ANTROPOLOGIA EM PORTUGAL (1986-2006)
Por ocasião da celebração dos seus 20 anos vai o CEAS, em colaboração com a Biblioteca do ISCTE, organizar uma mostra/exposição bibliográfica subordinada ao tema CEAS – 20 de anos de Antropologia em Portugal (1986-2006) que estará patente ao público entre 15 e 31 de Janeiro de 2007 no hall da Biblioteca. Trata-se de expor um conjunto de obras significativas que dêem a perceber os percursos da produção antropológica realizada em Portugal ou sobre Portugal durante aquele intervalo temporal.
A exposição será acompanhada por uma brochura com um texto introdutório e a listagem dos livros.
Em paralelo com esta exposição decorrerá também um conjunto de sessões a propósito de obras emblemáticas da Antropologia em Portugal. Esta iniciativa, com o título Conversas na Biblioteca – Livros de Antropologia em Diálogo, terá como ponto de partida, em cada sessão, dois livros sobre os quais dois convidados irão conversar com o público presente. Estas sessões serão pretexto para dar conta da importância das obras nos respectivos contextos de produção antropológica em que surgiram.
Serão postos em diálogo livros que mantêm entre si afinidades do ponto de vista temático, embora produzidos em diferentes épocas.
Conversas na Biblioteca
Livros de Antropologia em Diálogo
(calendário das sessões)
16 de Janeiro, 16:30
Livro 1Pais de Brito J. & Brian O’Neill, (Orgs.) 1991 Lugares de Aqui, Lisboa: Dom Quixote.
Livro 2Lima, Antónia Pedroso de & Ramón Sarró (Orgs), 2006, Terrenos Metropolitanos. Ensaios sobre produção etnográfica, Lisboa, ICS. Diálogo a cargo de Susana Durão e Filipe Reis
30 de Janeiro, 16:30
Livro 1Freitas Branco, Jorge & Ernesto Veiga de Oliveira (Coords.), 1986, Indios da Amazónia, Lisboa: IICT.Livro 2AAVV, 1996, Voo do Arado, Museu de Etnologia, Lisboa, IPM.
Diálogo a cargo de Joaquim Pais de Brito e Jorge Freitas Branco.
domingo, 14 de janeiro de 2007
Instituto de Estudos das Identidades e Arquivo do Património oral
Instituto de Estudos das Identidades (IEI)
Este interessante projecto de pesquisa, criado no âmbito do Museu do povo galego, apresenta-se desta forma :
En maio de 2005 o Padroado do Museo do Pobo Galego decidiu crear o (IEI), como un departamento do propio Museo. Entre os fins do IEI está o de establecer e desenvolver liñas de investigación e de intervención sociocultural nos diferentes ámbitos que lle son propios ao Museo, con especial atención ao estudo interdisciplinar da identidade galega e da súa interrelación ou comparación con outras identidades. Ao mesmo tempo, preténdese contribuír ao estudo e á formulación de posibles solucións para aqueles problemas que teñan especial relevancia para a sociedade galega, estimular a colaboración estable de novos investigadores e técnicos no marco do Museo, e promover a formación en xestión cultural.
En consecuencia con estes fins, o IEI organizará de forma periódica unha serie de foros de debate sobre temas de actualidade. O primeiro destes foros, baixo o título Territorio, Paisaxe e Identidade, ponse agora en marcha. Logo dunha primeira fase de discusión en rede ao longo do mes de xaneiro, sábado 3 de febreiro de 2007 terá lugar unha sesión pública na sede do Museo do Pobo Galego.
As persoas interesadas en participaren no foro en rede pódense rexistrar a través deste enlace.
Participantes no foro Territorio, paisaxe e identidade
Marcial Gondar Portasany. Universidade de Santiago de Compotela, catedrático de Antropoloxía social
Doutor en Filosofía pola Universidade de Santiago de Compostela e licenciado en Socioloxía pola Universidade La Sapienza de Roma. Membro do Padroado do Museo do Pobo Galego e do IEI; membro da European Association of Social Anthropology. Autor de numerosas publicacións individuais e colectivas, entre as que cabe mencionar Antropoloxía aplicada, Santiago, USC, 2003; Crítica da Razón Galega. Entre o Nós-mesmos e o Nós-outros, Vigo, A Nosa Terra, 1993; Espiritados. Ensaios de Etnopsiquiatría galega (en colaboración con E. González), Santiago, Laiovento, 1992; Mulleres de mortos. Cara a unha antropoloxía da muller galega, Vigo, Xerais, 1991; Romeiros do Alén. Antropoloxía da morte en Galicia, Vigo, Xerais, 1989; A Morte, O Castro, Sada, Museo do Pobo Galego, 1987.
Federico López Silvestre. Universidade de Santiago de Compotela, Depto. de Historia da Arte
Doutor en Historia da Arte e profesor de Historia das Ideas Estéticas Modernas e Contemporáneas pola USC. As súas investigacións xiran en torno á idea da paisaxe, o gusto estético e o cambio da percepción provocado polas novas tecnoloxías no mundo contemporáneo. Entre as súas publicacións destacan os libros El paisaje virtual. El cine de Hollywood y el neobarroco digital (2004) e El discurso del paisaje. Historia cultural de una idea estética en Galicia (2005); e o capítulo “A xénese da paisaxe” en A paisaxe contemporánea (2006). Actualmente dirixe varios proxectos de investigación sobre a paisaxe na USC, entre eles A percepción da paisaxe urbana en Galicia (2005-2006). É membro da xunta directiva da Asociación de Arte e Estética Contemporánea. Canda a María Luisa Sobrino dirixiu as xornadas Novas estéticas da paisaxe. O eixo atlántico, celebradas no CGAC (2006) e a publicación do mesmo título.
Joan Nogué. Universitat de Girona, catedrático de Xeografía humana
É especialista en estudos de paisaxe e en pensamento xeográfico e territorial. En 1984 defendeu na Universitat Autònoma de Barcelona a primeira tese de doutoramento do Estado español sobre percepción da paisaxe. Posteriormente a súa actividade académica neste ámbito veu sendo constante. Dirixiu por encargo do Caixa Fòrum o ciclo Territoris i Paisatges entre la nostàlgia i la modernitat, como complemento da magna exposición Turner i Venècia. Actualmente dirixe o Seminari Internacional sobre Paisatge que a UIMP celebra anualmente en Olot (Girona). Codirixe a colección “Paisaje y teoría” na editorial Biblioteca Nueva de Madrid. En xaneiro de 2005 foi nomeado director do Observatori del Paisatge de Catalunya (www.catpaisatge.net)
Albino Prada Blanco. Universidade de Vigo, Depto. de Economía aplicada
Doutor en Economía e profesor de Economía de Galicia. Chegou á Universidade viguesa no momento da súa fundación, despois de ter exercido na empresa privada e na ensinanza secundaria. En 1979 recibiu o Premio da Crítica Galicia pola obra A outra economía galega e, dende entón, ten publicado diversos títulos que afondan no tema, así como dirixido numerosas investigacións sobre recursos naturais ou problemas ambientais (enerxías renovables, biomasa, mareas negras...). Dirixiu o estudo “Valoración económica del patrimonio natural” para a Fundación Barrié de la Maza (2001). É colaborador de La Voz de Galicia.
Coordinador: Xerardo Estévez Fernández, arquitecto
Estudou arquitectura na Escola Técnica Superior de Barcelona. Establecido en 1972 en Compostela, exerceu como arquitecto e urbanista e realizou traballos de investigación sobre arquitectura, planeamento e patrimonio. Entre 1983 e 1998 foi alcalde de Santiago de Compostela. En 1999 reintegrouse á práctica profesional, que simultanea coa actividade como conferenciante e escritor. Colabora con El País e La Voz de Galicia. É socio do Museo do Pobo Galego e patrón da Fundación Antonio Fraguas Fraguas.
A gata Rita na montra de uma antiga retrosaria do bairro das Fontaínhas, em Setúbal.
Todos, por lá, a conhecem . . . mas agora é também uma "Gata blogosférica" !
http://cetobriga.blogspot.com/
A senhora gata dormita tranquila, entre batas axadrezadas, camisas de pescador, atoalhados, lençóis de flanela e pijamas quentinhos, com que as avós do bairro presenteiam as meninas e meninos do coração.
A Rita, alheia a modas e franchisings, espreguiça-se ao sol, como uma raínha . . . numa montra com identidade !
sexta-feira, 12 de janeiro de 2007
As histórias de vidas (comuns ?) também podem ser matéria museo(lógica) ...
in http://www.ai-o-camandro.blogspot.com/
Realmente isto será mais uma odisseia que um simples desafio mas vamos lá, aceito o repto. Comecemos então pelo básico... Será a pergunta: "O que querias ser quando eras pequeno?" ou ainda e sempre: "O que queres ser quando fores grande?" - Para responder à primeira terei primeiro de estipular quando deixei de ser pequeno, o que por si só se afigura uma ardua tarefa. Além disso compreendam a dificuldade de organizar cronologicamente todos os sonhos que tive (E ainda tenho).
Ok, estou a complicar, comecemos pelo inicio.
Digamos que antes da primária os meus verdadeiros objectivos eram muito simples, nunca sonhei em ser bombeiro, policia ou futebolista. A unica coisa de que gostava era de desenhar (principalmente bandas desenhadas), desenvolver estórias, fazer legos, criar e brincar com amigos imaginarios e pregar enormes mentiras, coisas mirabolantes e macabras com que eu atormentava os incautos com a minha já enorme capacidade de mentir. Foi este o inicio e provavelmente será este o fim desta odisseia.
Se bem me recordo, a primeira coisa que disse querer ser foi arquitecto, muito por influencia do meu pai que eu pensava sê-lo (Afinal não era nada disso mas para uma criança como eu era dificil perceber o que era um desenhador instrumentista de sistemas de oleodutos). Gostava de desenhar e pronto, arquitecto! O problema é que já então vivia em mim, por influencia da minha mãe, o gosto pelas ciências sociais e pelas artes performativas. Contudo esta primeira ambição foi ganhando consistência, ainda que pelo meio queira realmente ter sido desenhador de BD.
Como sempre a familia teve um desempenho fulcral no meu desenvolvimento... Eu realmente aliava um desempenho notavel em todas as áreas de estudo a uma mão muito firme, desenhava muito bem e ouvia sistematicamente o "tem jeitinho". A ideia foi ficando e os anos passando, eu estava realmente seguro de que seria arquitecto.
E depois BANG! Toma lá a adolescencia para ver se acordas! Aos quinze anos, convencido ainda de que seria arquitecto, decidi mudar-me de Setúbal para o Porto para completar o ensino secundário (via profissional) no, então muito conceituado, curso de desenhador projectista da Cooperativa Árvore. E foi o deslumbre, afinal o mundo e as potencialidades eram enormes! Mudei radicalmente, em tudo. Quando percebi o que era realmente a arquitectura detestei. Apaixonei-me pela música, comprei a minha primeira viola baixo e comecei a arranhar com os amigos. Enamorei-me definitivamente pelas artes performativas. Ainda não sabia o que queria ser mas, fosse o que fosse, tinha de ter público! Descobri a pintura e a literatura e foram tantas as descobertas que passado um ano e meio fui recambiado de novo para Setúbal para acalmar e acabar o 12º (Pelo menos...).
Chegado a Setúbal o reboliço continuou, ingressei no Agrupamento 2 (artes) e continuei a viver nos hobbies. Tornei-me membro de uma juventude partidária, fui bem sucedido, subi depressa e bem, achei mesmo que podia tornar-me politico de profissão. Até chegar o dia em que percebi que, afinal, a ideologia apregoada era apenas um meio para atingir um fim com o qual eu não me identificava. Protestei e fui convidado a sair do dito partido. No campo da música formei um bom grupo, tudo bons rapazes, que aliavam o pouco conhecimento na matéria a um enorme arrojo e a uma igual originalidade. A banda manteve-se por vários anos, demos concertos de norte a sul, apareciamos em jornais e revistas da especialidade, criou-se até um grupo de fans (Haha)! A coisa corria bem e claro, eu queria ser musico!... Entretanto por esta altura, dediquei-me à organização de eventos, espectáculos e concertos e também isso me cativou (Não me lembro mas também devo ter sonhado em tornar-me produtor de espectáculos).
Inacreditavelmente não descurei os estudos, nunca precisei de estudar pelo que ir às aulas me bastava para is fazendo as disciplinas, sempre ali na média do catorze, o que me permitia continuar a sonhar por fora. E ao acabar o 12º tive mais uma visão, vou ser designer! Inscrevi-me... O problema é que nessas férias fui a um casting para uma peça de teatro com o pessoal amigo. Era suposto ser uma brincadeira mas eu fui seleccionado... Começaram os ensaios, eu deixei-me envolver e lá vamos nós outra vez! Em Setembro já nem queria ir para design nenhum, eu seria actor! Mas à ultima hora lá recuperei o juizo e matriculei-me.
Design de Comunicação e Técnicas Gráficas em Portalegre, durou ano e meio e percebi que não era para mim, demasiado parado.Voltei para Setúbal completamente perdido, confesso que foi provavelmente a pior altura da minha vida no que toca à definição do meu futuro... Decidi voltar atrás. O que é que, mais que tudo o resto, ainda me apaixonava? A música. Trabalhei durante seis meses numa loja de cds, continuei a dar concertos, a gravar algumas coisas com a banda que ainda mantinha e comecei à procura de algum curso ligado à produção musical. E foi durante essas pesquisas que encontrei a Escola Superior de Teatro e Cinema. Relutantemente fiz as provas de acesso, convencido de que não entraria pois a maioria dos que concorriam já o faziam pela segunda ou terceira vez e sabiam tudo sobre a matéria, eu não. A Rute (minha namorada) foi fulcral por esta altura, confesso que sem ela não teria levado as provas até ao fim, tal era a minha descrença. Surpresa das surpresas, entrei!Supostamente acaba aqui a história mas cinema é uma coisa vasta, demasiado vasta... O curso não o acabei, decidi desistir a seis meses do fim porque já não me estavam a ensinar nada de novo. Contudo a paixão pela actividade manteve-se até hoje, trabalho em pós produçao audio embora não seja este o meu derradeiro objectivo. Sou feliz por estar onde estou, trabalho com os nomes mais sonantes da produção nacional mas não desenvolvo (ainda) uma actividade que me apaixone. Digamos que agora, aos 27 anos, volto finalmente às raizes, percebo que o cinema me serve como veiculo para contar estorias, para perpetuar a minha ansia de iludir o proximo com mentiras extravagantes, com ficção. Digamos que procuro, no cinema, voltar às minhas actividades de criança. Foi duro aqui chegar mas acredito que percorri o meu caminho e que este foi importante para hoje desenvolver o meu trabalho... Sabendo no entanto que, se voltasse atrás, tudo seria diferente. Provavelmente tinha enveredado pelas ciências sociais, tinha feito sociologia ou antropologia e só depois cinema (Sim porque, no meio de todas estas indefinições, de uma coisa estou certo. Descobri uma actividade capaz de abordar muitas outras e talvez seja realmente isso o que eu procuro).
Pelo meio ficam outras estórias, muitas. Desde querer desistir de tudo e correr mundo com a mochila às costas. Tornar-me operário da construção civil, onde trabalhei, para não ter de me chatear com as minhas próprias indecisões. Ser, apenas e só escritor. Trabalhar como vendedor na Cabovisão. Dedicar-me ao cooperativismo. Desenvolver o documentarismo jornalistico. Sei lá, foram tantas...
Portanto a pergunta mantém-se e, para alguém como eu, faz-se diariamente: "Pensa bem, o que queres ser quando fores grande?"
quinta-feira, 11 de janeiro de 2007
Os poetas e os museus
João Cabral de Melo Neto (1920 - 1999)
Este museu de tudo é museu
Como qualquer outro reunido;
Como museu, tanto pode ser
Caixão de lixo ou arquivo.
Assim, não chega ao vertebrado
Que deve entranhar qualquer livro:
É depósito do que aí está,
Se fez sem risca ou risco
http://www.revista.iphan.gov.br/secao.php?id=3&ds=19
Personalidade sensível, obsessiva, angustiada e fascinante. O poeta e diplomata João Cabral de Melo Neto recebeu inúmeros prêmios literários importantes como o New Stadium International Prize, em 1992, nos Estados Unidos e na Espanha, em 1994, o prêmio Rainha Sofia de Poesia pelo conjunto de sua obra. Além disso João Cabral foi, durante vários anos, um dos fortes candidatos ao Nobel de Literatura, mas estes fatos não abalaram ou comoveram o escritor que não acreditava em vitórias literárias.
Coerente com sua idéias, João Cabral não gostava de dar entrevistas e receber homenagens. Em 1968, quando sua original poesia ainda provocava impacto nos meios literários, o sempre polêmico Cabral, num depoimento para o disco " Cabral por ele mesmo", chegou a afirmar que se considerava um marginal da poesia luso-brasileira ao definir-se como poeta.Ouça:
Depoimento de João Cabral sobre sua poesia em gravação de 1985 para a Som Livre Como ouvir?
Nos últimos anos de sua vida ele estava quase cego (o que o impedia de ler e escrever ) e enfrentava muitos problemas de saúde. Mesmo assim o poeta continuava com grande vitalidade intelectual. Exigente e corajoso, nunca se sentia plenamente satisfeito como criador. Considerava que sua obra estava ainda em processo. Poesia é risco, costumava avaliar.Veja:
Depoimento gravado em 1997 - o poeta reavalia sua declaração de 1985 150k 56k Como ouvir?
in http://www.tvcultura.com.br/aloescola/literatura/joaocabral/joaocabral1.htm
terça-feira, 9 de janeiro de 2007
Museus de proximidade
Sem cerimónias!
O Museu do Trabalho Michel Giacometti surpreende os vizinhos ...
Entra nos nos cafés, lojas, escritórios das redondezas e fala com as pessoas sobre problemas e aspirações comuns. Um projecto museológico em
desenvolvimento ... um estudo a apresentar brevemente.
http://www.rpmuseus-pt.org/Pt/cont/fichas/museu_94.html
Os poetas e os museus
Carlos Drummond de Andrade
São palavras no chão
E memórias nos autos.
As casas inda restam,
Os amores, mais não
E restam poucas roupas,
Sobrepeliz de pároco
E vara de um juiz,
Anjos, púrpuras, ecos
Macia flor de olvido,
Sem aroma governas
O tempo ingovernável.
Muitos pranteiam. Só.
Toda a história é remorso.
http://www.revista.iphan.gov.br/secao.php?id=3&ds=19
segunda-feira, 8 de janeiro de 2007
PRINCÍPIOS DE BASE DE UMA NOVA MUSEOLOGIA
DECLARAÇÃO DE QUEBEC - 1984
Introdução
Um movimento de nova museologia tem a sua primeira expressão pública e internacional em 1972 na “Mesa- Redonda de Santiago do Chile” organizada pelo ICOM. Este movimento afirma a função social do museu e o caráter global das suas intervenções.
Proposta
1. Consideração de ordem universal
A museologia deve procurar, num mundo contemporâneo que tenta integrar todos os meios de desenvolvimento, estender suas atribuições e funções tradicionais de identificação, de conservação e de educação, a práticas mais vastas que estes objetivos, para melhor inserir sua ação naquelas ligadas ao meio humano e físico.Para atingir este objetivo e integrar as populações na sua ação, a museologia utiliza-se cada vez mais da interdisciplinariedade, de métodos contemporâneos de comunicação comuns ao conjunto da ação cultural e igualmente dos meios de gestão moderna que integram os seus usuários.Ao mesmo tempo que preserva os frutos materiais das civilizações passadas, e que protege aqueles que testemunham as aspirações e a tecnologia atual, a nova museologia – ecomuseologia, museologia comunitária e todas as outras formas de museologia ativa – interessa-se em primeiro lugar pelo desenvolvimento das populações, refletindo os princípios motores da sua evolução ao mesmo tempo que as associa aos projetos de futuro.Este novo movimento põe-se decididamente ao serviço da imaginação criativa, do realismo construtivo e dos princípios humanitários definidos pela comunidade internacional. Torna-se, de certa forma, um dos meios possíveis de aproximação entre os povos, do seu conhecimento próprio e mútuo, do seu desenvolvimento cíclico e do seu desejo de criação fraterna de um mundo respeitador da sua riqueza intrínseca.Neste sentido, este movimento, que deseja manifestar-se de uma forma global, tem preocupações de ordem científica, cultural, social e econômica.Este movimento utiliza, entre outros, todos os recursos da museologia (coleta, conservação, investigação científica, restituição, difusão, criação), que transforma em instrumentos adaptados a cada meio e projetos específicos.
2. Tomada de posição
Verificando que mais de quinze anos de experiências de nova museologia – ecomuseologia, museologia comunitária e todas as outras formas de museologia ativa – pelo mundo foram um fator de desenvolvimento crítico das comunidades que adotaram este modo de gestão do seu futuro.Verificando a necessidade sentida unanimemente pelos participantes nas diferentes mesas de reflexão e pelos intervenientes consultados, de acentuar os meios de reconhecimento deste movimento;Verificando a vontade de criar as bases organizativas de uma reflexão comum e das experiências vividas em vários continentes;Verificando o interesse em se dotar de um quadro de referência destinado a favorecer o funcionamento destas novas museologias e de articular em consequência os princípios e meios de ação;Considerando que a teoria dos Ecomuseus e dos museus comunitários (museus de vizinhança, museus locais...) nasceu das experiências desenvolvidas em diversos meios durante mais de 15 anos.É adotado o que se segue:
A - que a comunidade museal internacional seja convidada a reconhecer este movimento, a adotar e a aceitar todas as formas de museologia ativa na tipologia dos museus;
B - que tudo seja feito para que os poderes públicos reconheçam e ajudem a desenvolver as iniciativas locais que colocam em aplicação estes princípios;
C - que neste espírito, e no intuito de permitir o desenvolvimento e eficácia destas museologias, sejam criadas em estreita colaboração as seguintes estruturas permanentes:
Um comitê internacional “Ecomuseus/ Museus comunitários” no quadro do ICOM (Conselho Internacional de Museus);
Uma federação internacional da nova museologia que poderá ser associada ao ICOM e ao ICOMOS (Conselho Internacional dos Monumentos e Sítios), cuja sede provisória será no Canadá;
D - que seja formado um grupo de trabalho provisório cujas primeiras ações seriam: a organização das estruturas propostas, a formulação de objetivos, a aplicação de um plano trienal de encontros e de colaboração internacional.
Quebec, 12 de Outubro de 1984.
Adotado pelo I Atelier Internacional Ecomuseus/ Nova Museologia
Fonte: PRIMO, Judite. Museologia e Patrimônio: Documentos Fundamentais – Organização e Apresentação. Cadernos de Sociomuseologia/ nº 15, Págs.189-191; ULHT, 1999; Lisboa, Portugal.
A propósito de museus - leitura actualizada
Museum Frictions: Public Cultures/Global Transformations (Paperback) by Ivan, ed. Karp
http://www.amazon.com/Museum-Frictions-Public-Cultures-Transformations/dp/0822338947/sr=11-1/qid=1168262808/ref=sr_11_1/103-2043841-5535804
Como se mede a QUALIDADE em museus ?
http://industrias-culturais.blogspot.com/
Voltamos à tal questão " Como distinguir entre museus com qualidades e a QUALIDADE em museus ?"
Qual o impacto dos museus na sociedade ?
O que é afinal Qualidade em museus ?
Como se monitoriza ?
Como se mede ?
Como se compara ?
Como se melhora ?
Ainda a este propósito http://www.aqualidadeemmuseus.net/
"A notícia saída no Público do passado sábado é muito positiva acerca do comportamento dos museus, dado o aumento anunciado de visitantes nos dez primeiros meses do ano. Cerca de um milhão e trinta e cinco mil visitantes passaram pelos museus nacionais (25 museus do IPM), valor que se aproxima dos números de 1998, considerado na peça o ano de maior valor na história dos museus. A autora da peça, Lucinda Canelas, recolheu a informação a partir de uma conferência de imprensa dada pela ministra da Cultura, Isabel Pires de Lima, e pelo director do Instituto Português de Museus (IPM), Manuel Bairrão Oleiro.Diz ainda a peça sobre a actividade dos museus, com destaque na primeira página, que a estratégia de crescimento se deveu a exposições internacionais (O olhar fauve, no Museu do Chiado; Grandes mestres da pintura europeia, de Fra Angelico a Bonnard, no Museu Nacional de Arte Antiga) e à noite dos museus e dia internacional dos museus. Pela peça jornalística, fica a ideia de que há novos públicos conquistados.
A notícia, não pela ordem que eu dou nesta mensagem, veicula outras três informações: o ano de 2007 será difícil, dado o corte orçamental (23,2% de quebra face a este ano); os eixos fundamentais passam pela oferta de mais exposições internacionais e pela implantação de projectos novos (colecção Berardo no CCB, passagem do Museu dos Coches para outro edifício, pólo do Ermitage em 2010, ampliação do Museu do Chiado, criação do Museu no Palácio de São João Novo, no Porto, construção do Museu do Douro e do Côa e criação do Museu da Língua/Centro de Interpretação das Descobertas, no lugar do actual Museu de Arte Popular, cujas colecções serão guardadas no Museu de Etnologia); possibilidade de cada museu gerir as suas receitas.
Exceptuando a redução do investimento nos museus, o que se compreende dado o orçamento de rigor por parte do Governo, todo o resto da informação é útil e positiva. Contudo, e fazendo um exercício de metajornalismo, há coisas que precisavam de ser mais bem tratadas (ou melhor contadas). Antes de tudo, tenho de escrever que a informação diária do Público é-me muito importante para conhecer o que se passa no mundo e formular juízos sobre ele, e nisso incluo os trabalhos de Lucinda Canelas. No caso da peça em causa, a jornalista deixou-se conduzir pela fonte de informação, chamada primeiro definidor num texto clássico de Stuart Hall e colegas. Numa conferência de imprensa, quem a promove controla o que é dito (e pode esconder o que não quer dizer). O jornalista fica sempre sujeito ao que lhe é dado, pois não tem tempo de contrastar a informação do primeiro definidor. E, tratando-se de informação positiva, mais fácil é seguir a definição dada pela fonte.
Assim, detecto um conjunto de questões que deixo neste espaço público. Primeiro, num ano de rigor financeiro, a promessa de tantos projectos novos é possivelmente exagerada - ou há processos que vêm de trás e, logo, existe continuidade de investimento. Ainda dentro deste primeiro ponto, confesso que fiquei perplexo ao ler que ia haver um novo museu no Palácio de São Novo no Porto. Ele já existe há dezenas de anos, pois o frequentei amiudes vezes quando era adolescente. O que aconteceu foi o seu fecho devido a problemas de segurança (humidade, entre outras coisas).
Em segundo lugar, a ideia de exposições internacionais é um ponto interessante. Contudo, engrenar em circuitos internacionais de exposições custa muito dinheiro (seguros, por exemplo), o que invalida a hipótese em ano de magro orçamento. No CCB, a exposição de Frida Kahlo teve muito êxito pela mesma razão - a pergunta é: e vai continuar? A resposta é não, pois o espaço vai ser ocupado pela colecção Berardo. E tenho dúvidas da continuidade da afirmação do Museu Nacional de Arte Antiga como espaço de passagem de exposições internacionais.
Em terceiro lugar, a possibilidade de gerir receitas próprias de cada museu, ainda depende de uma autorização do ministério das Finanças. A mensagem de Isabel Pires de Lima é endereçada a um só leitor, o ministro das Finanças. Diz ela: "É uma reivindicação justa dos directores [dos museus]. Gostava de ver isso acontecer. Talvez esteja para breve". E se o ministro das Finanças disser que não, que é melhor a distribuição das receitas ser feita numa lógica central e não em cada museu?
Quando a jornalista escreve haver 1.035.158 visitantes dos museus do IPM este ano, até Outubro, fui ver o livro do Observatório das Actividades Culturais, O panorama museológico em Portugal (2000-2003), editado o ano passado, e em que Manuel Bairrão Oleiro é o responsável da parte do IPM neste livro (presente na conferência de imprensa de sexta-feira ao lado da ministra). No livro, na página 61, há referência a 11.829.479 visitantes em 2000, 12.963.695 em 2001 e 13.609.609 em 2002. Eles são diferentes dos apresentados na conferência de imprensa (ou confundidos pela jornalista) - ou eu não percebi bem os números indicados no livro.Em quinto lugar, tenho dúvidas quanto à formação de novos públicos por causa de um acréscimo de visitantes em 2006. Os serviços educativos dos museus (como ainda no caso do CCB ou da Culturgest) devem já funcionar há anos, pelo que a evolução é feita gradualmente como os números contidos no parágrafo anterior demonstram. A Festa da Música também atraiu muita gente, mas isso nada significa em termos de novos públicos. Poderemos dizer que os públicos displicentes - os que têm possibilidades sociais e culturais mas não aparecem regularmente - se conquistam e se perdem se as iniciativas não continuarem. O Porto 2001 teve públicos fantásticos, mas bastou uma política camarária desastrada para que eles desaparecessem.Claro que isto conduz à minha sexta observação, a mais dura. A conferência de imprensa ocorreu após semanas horríveis para o ministério da Cultura - orçamento reduzido para 2007, anúncios do fecho do Museu de Arte Popular (para dar lugar ao museu virtual da Língua) e da Festa da Música no CCB, com muitos artigos de jornais contra. Vem nos livros que, após acontecimentos terríveis, se deve dar uma conferência de imprensa com informação positiva para apagar a má imagem - e os resultados do número de visitantes é um admirável pretexto. Daí, enquanto cidadão, me ficarem muitas dúvidas quanto à bondade da marcação da conferência de imprensa. Pena que o jornal não tenha reflectido sobre isto. Deixo a sugestão. "
Rogério Santos às 11/27/2006 06:37:00 PM
in http://industrias-culturais.blogspot.com/2006/11/aumenta-nmero-de-visitantes-nos-museus.html
Uma revista dedicada à Museologia Social, comunidades e desenvolvimento
Director : Hugues de Varine
http://www.interactions-online.com/page_news.php?id_news=262
domingo, 7 de janeiro de 2007
MARIZA, CANTORA DO MUNDO
(. . . ) o que é o fado? É um tipo de canções tristes do Portugal antigo, continua o texto do Observer. Mas Mariza modernizou-o e, sem perder o tom negro das vestes, soube introduzir cor e novidade estética. O que acontece igualmente na música; daí, traduzir uma nova intimidade, dada pelo registo harmonioso da Orquestra Sinfónica de Lisboa, dirigida pelo brasileiro Jacques Morelenbaum. E o convite a mais músicos para a acompanharem no espectáculo de Londres, como o cabo-verdiano Tito Paris e o fadista português Carlos do Carmo.Mariza - tornada uma estrela de nível mundial ao actuar para uma audiência de 4000 pessoas no Royal Albert Hall - acha que o fado é um meio de comunicação como a CNN, pois pertence a uma mescla de povos, raças e culturas. E salienta a riqueza dessa música triste, que associa jazz, blues e música clássica. Bonito de ler - e de ouvir.
Rogério Santos às 11/19/2006 01:36:00 PM
in http://industrias-culturais.blogspot.com/2006_11_01_industrias-culturais_archive.html
sábado, 6 de janeiro de 2007
Foto : Vanessa Leal (O Natal visto por dentro )
"Mulher Barriguda" ouça
(João Ricardo / Solano Trindade)
Mulher barriguda
Que vai ter menino
Qual o destino
Que ele vai ter
Que será ele
Quando crescer?
Haverá guerra ainda?
Tomara que não
Mulher barriguda?
Tomara que não
in http://www2.uol.com.br/neymatogrosso/hotsite/faixas_vivo.htm#1
Porque somos cidadãs e cidadãos responsáveis e comprometidos/as com a defesa dos direitos humanos e queremos intervir neste debate não como eleitoras/es de um ou outro partido político, ou mesmo sem partido, mas antes como pessoas conscientes dos seus deveres e direitos cívicos. [1] Porque está em causa o respeito pela dignidade, autonomia e consciência individual de cada pessoa e pelos princípios da igualdade e da não discriminação entre mulheres e homens. [2] Porque somos a favor de uma maternidade e paternidade plenamente assumidas e responsáveis antes e depois do nascimento. [3] Porque o direito à maternidade consciente e à saúde reprodutiva são direitos fundamentais. [4] Porque as mulheres, como os homens, têm direito à reserva da intimidade da vida privada e familiar. [5] Porque somos a favor da vida em todas as suas dimensões. [6] Porque é um elemento essencial do Estado de direito o princípio da separação entre a Igreja Católica ou qualquer outra confissão religiosa e o Estado. [7] Porque o que está em causa não é o 'direito ao aborto', nem ‘ser a favor do aborto’, mas antes o respeito pelas mulheres que decidem interromper uma gravidez até às 10 semanas, por, em consciência, não se sentirem em condições para assumir uma maternidade. [8] Porque a penalização do aborto dá origem à interrupção voluntária da gravidez em situação ilegal e insegura, o que tem consequências gravosas para a saúde física e psicológica das mulheres que a ela recorrem. [9] Porque uma lei penal ineficaz e injusta é uma lei constitucionalmente ilegítima. [10] Porque consideramos que a sujeição das mulheres a processos de investigação, acusação e julgamento pelo facto de fazerem um aborto atenta contra os valores da sua autonomia e dignidade enquanto pessoas humanas. [11] Porque nenhuma proposta de suspensão do processo liberta as mulheres da perseguição policial e judicial que antecede o julgamento, envolvendo sempre uma devassa da sua vida privada, e deixando a pairar necessariamente sobre elas uma ameaça de sanção que pode vir a concretizar-se no futuro. [12] Porque a proibição do aborto dá origem à gravidez forçada o que se traduz em violência institucional. [13] Porque uma lei que despenalize o aborto não obriga nenhuma mulher a abortar. [14] VAMOS VOTAR SIM NO PRÓXIMO REFERENDO.
Movimento Cidadania e Responsabilidade pelo Sim
http://cidadaniapelosim.blogspot.com/
Uma Identidade Plural
Milagre de Soriano, Oficina de Zurbarán (1598-1664).
Óleo sobre tela.
Tesouro de Arte Sacra da Igreja de S. Domingos, Macau.
(inv. 234)
Uma Identidade Plural
Acerca das artes em Macau
Fernando António Baptista Pereira
A vida artística de Macau foi desde sempre marcada pelo diálogo entre culturas, expresso nas mais diversificadas formas. Desde a arte Nambam, que chegou a Macau depois das perseguições dos cristãos no Japão, ao Barroco de perfil oriental, até ao desenvolvimento, na segunda metade do século XVIII, da Arte do China Trade, um estilo pré-romântico internacional que constituiu o apogeu da arte macaense.
O traço distintivo da arte macaense contemporânea, reside no permanente confronto entre tradição e experimentação, entre o local e o global.
Uma identidade plural, não apenas quanto aos universos culturais de referência mas, sobretudo, nos valores do diálogo e da miscigenação enraizados na prática individualizada de cada artista.
Museu Sousa Mendes pendente de projecto e financiamento
Casa do Passal ...
http://amigosdesousamendes.blogspot.com/2007/01/museu-sousa-mendes-pendente-de.htm
Ler mais sobre o projecto " Casa museu Aristides Sousa Mendes " em :
posted by Micas10 at 5:50 PM
Em Bordéus a história prendeu Sousa Mendes nas suas garras.O seu destino passou a estar inelutavelmente ligado ao destino colectivo de dezenas de milhares de pessoas desaparecidas. Assumiu-se como homem certo no lugar e momento certos. Aquilo que muitos poderiam considerar como defeitos de personalidade num diplomata - a
natureza demasiado emotiva e o seu carácter impulsivo - tornaram-se força motora de um heroísmo.
Sacrificou tudo quanto amava e presava - uma família, uma carreira - por estranhos de quem se apiedou associando ao seu honroso desempenho a espiritualidade e dignidade humana então raras, mas que, afinal, caracterizam o povo português. Numa altura em que pairava a rebeldia pelo mundo, Sousa Mendes não só era um digno diplomata como também se desenhava como o modelo do português crítico, o representante ideal da nação que todos gostaríamos que Portugal sempre fosse. As suas atitudes tinham o cheiro do perfume cuja marca a lei portuguesa só viria a reconhecer tardiamente. Ainda assim, aos olhos dos poucos que um dia ouviram falar de Sousa Mendes, a mais viva recordação que resta deste "salvador de vidas" português é a punição desumana que lhe foi atribuida: Salazar e seus discípulos o condenaram à "pena de um ano de inactividade" com direito apenas a "metade do vencimento da categoria", tendo sido colocado "na disponibilidade aguardando aposentação", situação da qual só viria a se livrar com a morte, mais de 13 anos depois.
Esta é, deveras, a única memória de "adequada" que lhe foi reservada até hoje. De resto, tudo quanto dele se sabe e se vê não é senão o que ele próprio mandou fazer para o seu refúgio na Fé, nos momentos da sua maior descrença política.
in
http://www.uc.pt/iej/alunos/1998-99/asm/Justcaadada.htm
"O Grupo Coral Brisas do Guadiana vai cantar os reis nos dias 5 e 6 de Janeiro em diversos locais da cidade de Moura, tal como em anos anteriores. Este ano, também o Grupo Coral Etnográfico do Ateneu Mourense vai cantar os reis, na noite de 5 para 6 de Janeiro, como manda a tradição. Envergando os trajes característicos alentejanos, o grupo levará cânticos próprios da época aos utentes de diversas instituições. Os cânticos terminarão em frente a uma fogueira, na Praça Sacadura Cabral, com bolo-rei e vinho abafado."
Em alternativa, no Auditório Municipal de Reguengos de Monsaraz, um concerto com o título "Monsaraz, Cante e Poesia"
Escrito por Sertorius em 13:29
in http://patrimonios.blog.com/1414322/#cmts
sexta-feira, 5 de janeiro de 2007
Último Poema
Manuel Bandeira
Assim eu quereria o meu último poema.
Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais
Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas
Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume
A pureza da chama em que se consomem os diamantes mais límpidos
A paixão dos suicidas que se matam sem explicação.
posted by Ida @ 3:25 PM
in http://sulburbio.blogspot.com/
quinta-feira, 4 de janeiro de 2007
O "Luz do Sameiro" ficou a escassos metros da praia
!? ?????? VIDAS
http://sic.sapo.pt/online/noticias/pais/20061229+-+Naufragio+do+pesqueiro+na+Nazare.htm
No contexto dum museu onde a missão social é assumida, explicitada e priorizada, o voluntariado (definido como a adesão livremente assumida ao projecto social do museu) independente do estatuto económico ou hierárquico de quem a ele adere, é uma das características essenciais do espírito de compromisso social da equipa museal - o voluntariado, nesta aceitação do termo da função, pressupõe uma reflexão permanente sobre as finalidades da dita acção social comunitária e cidadã, responsável por parte do conjunto dos actores implicados no projecto museal .
Do ponto de vista deontológico, admite a militância e todas as condições susceptíveis de alimentar a vida cooperativa através da aprendizagem da democracia e de uma visão aberta sobre a evolução das sociedades.
O voluntariado, assim compreendido é uma escola de organização e de comunicação social, utilizando a especificidade do trabalho cultural museal, para a promoção das alternativas que possam contrariar as ideologias que favorecem o estatismo, o absolutismo e a repressão.
*A expressão “ museal ” é aqui utilizada como abrangendo, do ponto de vista constructivo, a acção museológica e a acção museográfica.
Texto da autoria de Pierre Mayrand, apresentado nas XVII JORNADAS DO MINOM, S. Brás de Alportel, 2006
posted by Musealogando at 12.12.06
http://www.minom-icom.net/
Apports du Volontariat à l’action muséale
Dans le contexte ou la mission social est assumée, explicitée et priorisée, le volontariat, (défini comme l’adhésion librement assumée au projet social du musée) indépendant du statut économique ou hiérarchique de celui qui y adhère, est l’une des caractéristiques essentielles de l’esprit d’engagement social de l’équipe muséale – le volontariat, dans cette acceptation du terme de la fonction, suppose une réflexion permanente sur les finalités de l’action sociale communautaire et citadine responsable de la part de l’ensemble des acteurs impliqués dans le projet muséal .
Sur le plan déontologique, il admet la militance et toutes les conditions susceptibles d’alimenter la vie coopérative a travers l’apprentissage de la démocratie et une vision ouverte sur l’évolution des sociétés.
Le volontariat, ainsi compris, est une école d’organisation et de communication sociale, utilisant la spécificité du travail culturel muséal pour la promotion des alternatives pouvant contrer les idéologies qui favorisent le statisme, l’absolutisme, la répression.
quarta-feira, 3 de janeiro de 2007
Olá Per - Uno ! Bom Ano 2007
( assim retribuo a Per-Uno Agren e Britta os afáveis votos de bom Ano Novo e as palavras encorajadoras que sempre dirigem ao Museu do Trabalho e aos avanços da museologia em portugal )
Esta fotografia está, há muitos anos, suspensa numa molinha (como que suspensa no tempo) na minha secretária de trabalho, no museu. É uma fonte de inspiração . . . para o nosso quotidiano museológico. Um relembrar de filosofias do pensamento museológico, modelos expositivos, técnicas comunicação e estratégias de acção educativa, operadas no terreno, com as comunidades, nos museus da Suécia ( desde finais da década de 60 do sec. XX ) cuja aplicação pudemos constar e discutir in loco, numa visita memorável, meticulosamente programada por Per- Uno Agren, obreiro /timoneiro desta revolução na Museologia dos países nórdicos, que marcou definitivamente a nossa visão sobre a função social dos museus na contemporaneidade e as missões destes em prol do desenvolvimento e da cidadania.
Nesta foto, realizada em 1989, em Umea, aquando da visita aos museus da Suécia, figuram : Per-Uno Agren, a Ana Duarte, eu própria e a Clara Camacho ( actualmente sub-directora do IPM ) . O nosso colega e amigo, José Gameiro está mesmo à nossa frente, a tirar a fotografia ( a captar-nos a alma ... )
Per Uno Agren, docente de museologia, director e redactor da revista " Nordisk Museologi " , visitou várias vezes Portugal, aprofundou amizades com museólogos portugueses, elaborou relatórios sobre o estado da arte da museologia em Portugal, participou em diversos colóquios e debates, a convite de entidades museológicas e instituições portuguesas, colaborou intensamente em reflexões sobre o sentido dos museus e os caminhos da museologia, teve um papel primordial no avanço do pensamento museológico. A Museologia contemporânea deve muito a Per-Uno Agren ! Aqui fica o nosso tributo . . .
www.nordiskmuseologi.com/.../972Summaries.html.
From Nordisk Museologi 1997/2: SUMMARY pp. 13-18
Museums on the digital stage
In Sweden a recent State Report has proposed the establishment of a digital Cultural network ('Kulturnät Sverige') on the Internet. In the preparation of the Report several hearings were arranged in 1996, among them one about the usefulness of such a network for museums. This text was written for that occasion. An attempt is made to define the unique qualities of the museum exhibition in comparison with other media of communication in the cultural field. It has been argued that museums have an obligation to use digital techniques to put their collections at the disposal of a global Internet public who could at any time enter the museum to take a look at its exhibitions and to study all its stored objects. However this availability has serious limitations; it lacks many of the basic aspects of the museum proper - the spatial experience of its galleries, the three-dimensional physical qualities - form, texture, colour - of its objects. The museum exhibition - like all performing arts - may seem to be a demanding medium, because it asks from us the tribute of a personal visit to yield in full measure its capacity to excite our senses and trigger our imaginations. Perhaps, in the future, successful hybrid forms of the 'real' exhibition and mediated images of it may develop, in the same way as literature, music and theatre have successfully teamed up with radio and television in specific new genres.
Texten är en bearbetat version av «Museerna som distribuerade kunskapscentra». I «Kultur på nätet - den digitala mötesplatsen och museernas nya arenor. Workshop 2 Kultur på nätet». Kulturnät Sverige Rosenbad 24 maj 1996.InternetadresseKulturnät Sverige: www.kulturnat.iva.se
Per-Uno Ågren är ansvarshavande redaktör för Nordisk Museologi.Adr: Mariehemsvägeb 11G, S-906 54 UmeåFax +46-90-139852e-mail: per-uno.agren@museologi.umu.se
Temas / Sumários ( em inglês ) do número mais recente da revista :
http://www.nordiskmuseologi.com/Indholdsfortegn/Indhold061.html
Contents/Innhold 2006/1:
REDAKTION
Ane Hejlskov Larsen
Samer på ville veger? om "levende utstillinger", antropologi og vitenskapelige praksiser
Cathrine Baglo
ferdinand boberg och statistikmaskineriet. om statistik som medium, attraktion och utställning, ca 1800-1930
Anders Ekström
kurator for en dag - en leg i museets rituelle rum
Karen Grøn
kunstkammeret som dannelsesritual
Helene Illeris
dette er ikke en kanon.om kanonisering og dens effekt på samtidskunsten
Merete Sanderhoff
Museologiske uddannelserMUSEOLOGY AND EMPLOYMENT IN THE FINNISH MUSEUM FIELD
Kalk Kallio & Tanja Välisalokulturarvens forskerskole, københavn. introduktionBeate Knuth Federspiel projektpræsentationerRikke StenbroTorunn KlokkernessBjarki Valtysson
Konferencerat begribe det uhåndgribelige - og beskytte detkonference om den immaterielle kulturarv,8. december 2005, det kongelige bibliotek,københavnMads Daugbjerg nordisk museumsforbunds konference på ålandsøerne 2005
Inge Adriansen Lena-Ulla Lundberg Boganmeldelser
tony bennett: pasts beyond memory. evolution, museums, colonialism
Eric Hedquist
mikael eiverård: kulturarv och historiebruk
Richard Pettersson
inge andriansen og peter dragsbo:sønderjysk kulturarv. sønderjyske museer 2003-04
Niels Lund
bruno ingemann og ane hejlskov larsen: ny dansk museologi
Marc Maure
SAUDADES DO PER-UNO
SAUDADES DA SUÉCIA
SAUDADES DOS BELÍSSIMOS MUSEUS SUECOS
SAUDADES DAS NOSSAS CONVERSAS . . .
SAUDADES DE TODOS OS AMIGOS SUECOS QUE NOS ACOLHERAM CALOROSAMENTE, NAS SUAS CASAS, DESDE ESTOCOLMO A UMEA
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- Os poetas e os museus
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