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Viajo. aterrada pelas notícias que ensombram Agosto ... que quebram o descanso. que inquietam.
espreito os jornais.
inquieto-me ... as notícias correm. graves. agudas. difusas.
espreito os jornais.
inquieto-me ... as notícias correm. graves. agudas. difusas.
A eterna crise. as medalhas olímpicas que nos fogem. a falta de apoio aos atletas. o choro do Gustavo Lima traído pelo vento ...
o desânimo que nos cerca. um imenso nada que invade tudo ...
os 151 mortos no acidente de aviação em Madrid. e de novo a crise ...
o endividamento das famílias. a falta de rumo. os rumos incertos.
Mas a visão apocalíptica à porta de casa suplanta todas as notícias ! Vive-se. estranha-se ...
Faz doer e dói ainda mais, quando é mesmo à porta de casa. quando o confronto com a dura realidade tem um nome. uma rua. quando se abate sob o nosso céu. quando conhecemos as pessoas. quando a vítima era alguém que conhecíamos dali ... quando se trata de um rosto familiar que hoje, em pleno dia, tombou baleado na cabeça, assim, aparentemente, sem mais nem menos ... quando a pequena loja se chama Joias Bocage e, tal como o nome, lembra um bordado antigo.
tudo tão estranho ... tão insólito. tão inquietante.
Ás 11 da manhã, num dos dias mais de radiosos de Agosto, em poucos minutos instala-se o pânico. tudo tão perto ... tão estranhamente próximo. o coração da cidade está ferido. pressinto-o ofegante. ainda sem saber porquê aquieto-me ... inquieta.
Venho a sair de um banco. dirijo-me para o carro e, de repente, fico cercada. polícia. INEM. pessoas atónitas. perguntas. respostas. múltiplos sentidos. tudo sem sentido. estórias. conjecturas. sirenes. tudo parado. a razão cai pique sob o sol escaldante do meio dia ... em plena cidade. alguém, num ápice, perdeu a vida por nada.
Ás 11 da manhã, num dos dias mais de radiosos de Agosto, em poucos minutos instala-se o pânico. tudo tão perto ... tão estranhamente próximo. o coração da cidade está ferido. pressinto-o ofegante. ainda sem saber porquê aquieto-me ... inquieta.
Venho a sair de um banco. dirijo-me para o carro e, de repente, fico cercada. polícia. INEM. pessoas atónitas. perguntas. respostas. múltiplos sentidos. tudo sem sentido. estórias. conjecturas. sirenes. tudo parado. a razão cai pique sob o sol escaldante do meio dia ... em plena cidade. alguém, num ápice, perdeu a vida por nada.
é o eclipse total da razão.
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notícia de última hora, na próxima 6ª Feira, O Setubalense esgotará a edição !
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Últimamente só ouvimos ou lemos notícias que normalmente comentariamos de um filme de acção.
ResponderEliminarIncrédula e aterrada!
bom post Isabel!
um beijo lunar,
moon
Dias tristes estamos a passar.
ResponderEliminarTemo que venham outros, piores ainda... o sobre-endividamento das famílias costuma trazer maus resultados...
Um beijo
De todos os dramas, o que mais nos toca, é sempre o cai sobre o rosto que viamos, até então, sereno e sorridente.
ResponderEliminarA esse nós vemos a cor e sentimos o cheiro. Conheciamos a voz e ouvimos o grito.
Alguns estão atentos, outros despertam nesses momentos...
E outros, sempre a ganhar, com a desgraça alheia...
beijo
"íssima".
ResponderEliminar"ada"
´
"érrima".
o mundo de patas para o ar.
beijo-te "ada....de ilumina".
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y.
Como compreendo esse estado de espírito. Quando ouvi a noticia, pensei que poderias conhecer e, afinal, conhecias.
ResponderEliminarExcelente post.
Beijo.
J.
o J. é quem espero adivinhes...mesmo sem net não resistiu a visitar.te.....o que só lhe fica bem...
ResponderEliminarbeijo muitos ....
alma.
A net é apenas o meio ...
ResponderEliminaro que conta mesmo é a vontade.
O gosto.
O interesse.
A preocupação.
A atenção
Obrigada J. :))
Obrigada Y.
(hoje estou radiante com a vitória do Nelson Évora ! Lindo...)
Tenho uma profunda admiração pelos atletas de uma forma geral, mas os portugueses que atingem estas marcas são verdadeiros herois ! Fiquei colada ao ecran ... emocionada com o desempenho e beleza do Nelson Évora a voar na pista. Este filho de caboverdianos, naturalizado português, tem a morna no corpo.
iv*
espero que os governantes deixem de se desculpar com a exploração jornalistica e assumam que os crimes violentos estão de facto a aumentar.
ResponderEliminarSe não se conseguir travar esta onda, não sei até onde iremos...
claro que há questões sociais demasiado graves, muito desemprego, que não explicam tudo...
bjs Isabel