quarta-feira, 31 de dezembro de 2008
terça-feira, 30 de dezembro de 2008
Sebastião da Gama - Milagre de vida em busca do eterno
"Sebastião da Gama — Milagre de Vida em busca do Eterno", é um trabalho pioneiro, o que não abunda nos nossos Estudos Literários, e um trabalho sobre um Poeta optimista, o que ainda mais raro é. Sobre o Poeta que Sena detestava (não é difícil perceber porquê) e Mourão- Ferreira ou Lygia Fagundes Telles amaram, Alexandre Santos fez o primeiro estudo de fundo, tendo preenchido um estranho e óbvio oco nos nossos Estudos Literários.» (Prof. Doutor Rui de Azevedo Teixeira)
como pássaros ou anjos in.divinos
se o pulmão fora pétala e a rosa um campo minado e a casa o coração da música serias tu o meu sul na volátil geografia do caminho certo.
se nada nos distraísse da miséria e das patas sobre o corpo e dos segredos irredutíveis numa página de temperatura gelada serias o meu sentido único sobre as cinzas.
isabel mendes ferreira
AQUI ao piano. divinamente
Liturgia do Novo Ano
mié disse...
... não existem milagres que rasguem véus ou façam nascer flores nas lamas do petróleo.
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Entretanto, vou estando por aqui http://www.palestinalibre.org/ atenta.
domingo, 28 de dezembro de 2008
Música eterna
Idêntico e antigo
Acalentando a noite
Dança de folhas despercebidas
Mata em sussurro
Claro ritmo das chamas
Alegrando as lareiras.
Helena Kolody (1912 - 2004)
Amo esta pequena escultura em terracota. Prenda de Natal de amigos longínquos ... acompanha-me há anos.
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terça-feira, 23 de dezembro de 2008
Meu Deus do céu, não tenho nada a dizer. O som de minha máquina é macio. Que é que eu posso escrever? Como recomeçar a anotar frases? A palavra é o meu meio de comunicação. Eu só poderia amá-la. Eu jogo com elas como se lançam dados: acaso e fatalidade. A palavra é tão forte que atravessa a barreira do som. Cada palavra é uma idéia. Cada palavra materializa o espírito. Quanto mais palavras eu conheço, mais sou capaz de pensar o meu sentimento.Devemos modelar nossas palavras até se tornarem o mais fino invólucro dos nossos pensamentos. Sempre achei que o traço de um escultor é identificável por um extrema simplicidade de linhas. Todas as palavras que digo - é por esconderem outras palavras.
Clarice Lispector
segunda-feira, 22 de dezembro de 2008
domingo, 21 de dezembro de 2008
O espírito do Natal ...
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"O espírito do Natal tem de fazer parte dessa humanidade que não pode fugir do aconchego da nossa consciência de homens. E de homens solidários. O espírito de Natal tem de ser entendido como algo de autenticamente revolucionário, que nos ensina a resistir à adversidade e nos testa quotidianamente na nossa mais genuína fraternidade. Resistir aos tempos que nos querem matar o que de humano existe em nós, essa é a matéria dos sonhos que nos devem mover. Resistir às intempéries da venalidade, da boçalidade, da brutalidade, da desumanidade. O espírito de Natal é o que leva os poetas a nunca esquecer o horror, mas a desenhar grinaldas de esperança, lá onde só parece existir o desespero." (excerto)
Lauro António
Texto completo AQUI VáVá vadiando de Natal
sexta-feira, 19 de dezembro de 2008
Palestinian lovers
Divine Intervention يد الهية
Realização e argumento, Elia Suleiman , 2002
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__________________ uma aflição mental
Somewhere I have never travel - Abbuehl, Susanne (April) 06
terça-feira, 16 de dezembro de 2008
Improvisos atonais
" Minha vida não estava em risco, mas quase fiquei asfixiado com a fumaça que me entrava pelo nariz e os olhos", explicou o artista. "Toquei até o piano parar de fazer sons. Travei com ele uma batalha de vida e morte ”.
Yosuke Yamashita
O pianista, de 66 anos, ofereceu numa praia de Ishikawa, no Leste do Japão, um concerto incomum para um público atônito de quinhentos espectadores. Deitou fogo a um piano que não usava e, ao pôr-do-sol, começou a tocar até que as chamas consumissem completamente, as cordas do instrumento.
Yamashita reeditou uma idéia ousada, o “piano em chamas”, para chamar a atenção para o Museu de Arte Contemporânea Japonês. A "paixão ardente" de Yamashita incendiou a plateia.
________________________ INSTANTES . CONSONANTES (Digo.eu)
Muntadar al-Zaidi lançou, no Domingo, os dois sapatos em direcção a George W. Bush. Num arremesso atonal _____________________________________________incendiou o mundo . Associação LIVRE de ideias ...
iv
Panja - Yosuke Yamashita
sábado, 13 de dezembro de 2008
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Essas antiquíssimas dores não serão finalmente fecundas em nós? Será tempo de nos libertarmos, amando, da coisa amada … docemente como quem se desabitua dos peitos maternos.
______________________________________ Rainer Maria Rilke
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sexta-feira, 12 de dezembro de 2008
Fotografia d`AQUI
quarta-feira, 10 de dezembro de 2008
Llansol
Escreve no registo para as compras do dia
grão,
batatas,
água.
Llansol, Os Cantores de Leitura, p. 155
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
Um blog sobre Museologia ______________
e a função social dos museus
http://www.musealogando.blogspot.com/
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quinta-feira, 16 de outubro de 2008
Banda larga . Gilberto Gil
domingo, 12 de outubro de 2008
segunda-feira, 6 de outubro de 2008
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Na partida o tempo não conta. o corpo recluso. cisma. entrega-se paciente (quase doente) aos trabalhos da memória ...
fica a cerzir. a costurar. a descosturar. a refazer-(se) nos lugares que lhe foram aconchego e pele.
Obrigada
Ana Paula (blogFilosofia/literatura)
Bandida (arteblog. R)
Black Angel
Blogmargem
Blue molleskin
brevitas
Canto.Chão (blog Gabriela Martins)
Casario do Ginjal (blog Luís M)
Chapa. Blog Fotografia
Claras em castelo (Blog Marta)
CNS
ContraCapa (blog CristinaVieira)
Crystal
Da Literatura (blog)
Desenhador do quotidiano (BlogDiáriográfico)
Diário de um Sociólogo (blog C.Serra)
feyo valle
fernanda s.m.
firmina12
Frioleiras
Sérgio Jacques (mala das fotografias)
HoraTardia (blog)
Há sempre um livro ...
Linha do Norte (blog)
lisse
Low-cost-filmes (blog António Aleixo)
Lusofolia blog
M.
Maria
Mirna
moonlover
o mundo dos museus (Blog Museologia)
O Mundo perfeito (blog Isabela)
Obra D`ouro (Blog do Porto)
OndinaBraga (BlogEscrita JAB)
Oliver Pickwick
Paixões & Desejos (blogCinema)
Paulinho ASSUNÇÃO (Blog escrita)
Piano (ArteBlog IMF)
PiresF
pleasuredomedois II (blog/erotismo/poesia)
PrimaFolia blog (Academia Problemática e Obscura)
Raízes & Antenas (Música Mundo)
Rua da Judiaria (Blog História)
S - NonBlog
SMA
Sonhos sonhados (blogArte História)
Sopa ( m.blog )
Sulburbio (blog Ida)
Foto Por António Jorge Nunes
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domingo, 5 de outubro de 2008
Mas que sei eu
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Mas que sei eu das folhas no outono
ao vento vorazmente arremessadas
quando eu passo pelas madrugadas
tal como passaria qualquer dono?
Eu sei que é vão o vento e lento o sono
e acabam coisas mal principiadas
no ínvio precipício das geadas
que pressinto no meu fundo abandono
Nenhum súbito lamenta
a dor de assim passar que me atormenta
e me ergue no ar como outra folha
qualquer. Mas eu sei que sei destas manhãs?
As coisas vêm vão e são tão vãs
como este olhar que ignoro que me olha
Ruy Belo
sábado, 4 de outubro de 2008
De perto ninguém é normal
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Foto lenoradiva's RSS
Respeito muito minhas lágrimas. Mas ainda mais minha risada. Inscrevo assim minhas palavras. Na voz de uma mulher sagrada. Vaca profana, põe teus cornos Pra fora e acima da manada ...
Exposição no Museu de Alpiarça _ Casa dos Patudos
A Casa dos Patudos – Museu de Alpiarça está ligada à família Relvas, pelo protagonismo que um dos seus membros alcançou como político e diplomata, coleccionador de arte e homem ligado ao cultivo das terras que herdou e aumentou.José de Mascarenhas Relvas nasceu em 1858 na Golegã, filho de Carlos Relvas e Margarida Relvas, viveu desde criança ligado às actividades agrícolas e à criação de cavalos, assim como à ganadaria de seu pai, que, além de cavaleiro tauromáquico, também era um excelente fotógrafo e nutria um profundo gosto pelas artes em geral.Quando, em partilhas, lhe foi entregue a Quinta dos Patudos, José Relvas já estava casado com Eugénia Antónia de Loureiro da Silva Mendes, de quem teve três filhos. Dramaticamente, nenhum sobreviveu aos seus progenitores.Em 1888, José Relvas vem viver para os Patudos com a sua família, dedicando-se com afinco ao cultivo de vinho, azeite, cortiça e outros produtos agrícolas. É com os rendimentos que lhe trazem estas terras que ele inicia uma grande colecção de arte nacional e internacional, fazendo viagens e travando conhecimento com especialistas europeus e nacionais no negócio das obras de arte.Esta pequena mostra, que se confina a duas salas de exposições temporárias, não pretende dar a conhecer a colecção de José Relvas, que faz parte integrante do acervo do museu, pois ela está patente ao público, através de visitas guiadas, mas sim desvendar um pouco a vida do núcleo familiar que viveu nos Patudos. Com efeito, esta dimensão mais íntima da Família Relvas não tem sido dada a conhecer aos públicos que visitam o museu, que tem privilegiado o coleccionador de arte.Estamos a falar dos objectos pessoais dos Relvas, nomeadamente os vestidos, sapatos, adereços e jóias de Eugénia Relvas, uma mulher muito elegante para a época e presença assídua em saraus culturais, tanto em sua casa, como em Lisboa. Esta senhora estava a par das «tendências» da alta-costura, como se admira através de alguns dos objectos expostos.O mobiliário dos aposentos de José Relvas e os objectos de decoração e higiene pessoal podem também ser vistos nesta exposição, assim como a sua luneta, a boquilha, a cigarreira, o estojo de viagem, etc..Do filho Carlos Relvas, pouco pode ser visto por cláusulas testamentárias, mas estarão expostas as cartas que escrevia à sua mãe em francês e que se encontram no Arquivo da Casa dos Patudos, assim como se pode ver outra correspondência entre os membros da família que revela o grande afecto que nutriam uns pelos outros.São comovedores os brinquedos dos dois filhos que morreram ainda adolescentes, assim como os livros, cadernos da escola e os retratos quando ainda eram crianças, brincando ao ar livre.A exposição apresenta também uma pintura referente a Carlos Relvas, pai de José Relvas, reveladora do seu amor pela festa de toiros e pelos cavalos, assim como fotos dos restantes membros da família, entre elas a do casamento dos proprietários da Casa.Pretende a Câmara Municipal de Alpiarça iniciar, com esta exposição, um ciclo de mostras que dê a conhecer a história da família, a importância da acção política e diplomática de José Relvas, assim como a relação que manteve com Alpiarça, como proprietário agrícola e benemérito, sem esquecer a história e as tradições do próprio concelho de Alpiarça, de modo que a comunidade escolar ou adulta aprofunde a história local e reforce a sua identidade e cidadania.
Em " Os Relvas em família " Publicado por anad em AQUI
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quarta-feira, 1 de outubro de 2008
Música de Arte
Ele foi o desencadeador e o profeta da pósmodernidade na música portuguesa. Um saudoso mestre, só pela sua actividade pedagógica Peixinho transformou decisivamente o regime estagnante que vigorava então e abriu as portas à liberdade criativa.
Como pianista mantem-se até hoje inultrapassado , o mais excelente e avançado de todos os executantes portugueses ( e.g. “ música 1 “ para dois pianos ). A transgressividade do seu estilo lírico, sublime , inebriante – afirmação duma escrita rigorosa, fértil em minúcias, tratamentos instrumentais específicos e invenção de substâncias sonoras que abrem novas perspectivas à música. Chamava à sua criação “ música de Arte “, como realização de práticas e proposição de conceitos, fruto da sua vasta erudição. A sua música é obra aberta, transparente e radiosa , solar, iluminada, animada pela mais elegante vivacidade - a poesia corre fluidamente, água límpida onde nadam mil peixinhos, transporta-nos ao sonho e eleva o nosso imaginário ao encantamento, foi o maior compositor português do século XX, senão o maior músico lírico de todos os tempos.
JORGE LIMA BARRETO (em entrevista a Jorge Peixinho, Jornal de Letras 1992)
Entrevista Aqui
domingo, 28 de setembro de 2008
Antropologia das religiões
Prof. Jean Lambert, especialista de História e Antropologia das religiões, na Faculdade de Letras da UP
Acorda-me cedo
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... o sulco da palavra apura-se no sentido maior do silêncio.
um após outro o prazer eleva-se na pausa do som. amanhã mesmo
falaremos da harmonia no tom se não esquecermos o rio.
desconstrói-dizias.
e a certeza a concentrar ritmos delirantes.
suspende o ar-dizias. é lá que começa o canto dos olhos no esboço
do que me tentas. inventas-dizias.
falta o vinho para crescer a sede. falta o tempo para beber o medo.
acorda-me cedo.
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de Maria Quintans,"Apoplexia da ideia", Papiro.editora
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___________La sofocación
"Podríamos tocarnos, pero esa vecindad nos paraliza./Inane la yertez, rigor el rijo./Ricos, variados olores de flor y perdición./Desvarío en jardines invisibles de brea./Ahora que me estoy muriendo/Ahora que me estoy muriendo/La sofocación alza del cielorraso relámpagos enanos/que se dispersan en la noche definitiva e impasible."
Néstor Osvaldo Perlongher, em "Chorreo de las iluminaciones"
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quinta-feira, 25 de setembro de 2008
de Isabel Mendes Ferreira, a propósito das "Alices sem fim" de João Concha
uma exposição. um pintor. uma poeta. um filme. 36 testemunhos. o mote e as variações para falar de brincar no museu
Sábado, das 15 ás 18. ludicamente. lucidamente
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terça-feira, 23 de setembro de 2008
O descoincidir
Abandono de Hotel Spleen, Quetzal 2003
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segunda-feira, 22 de setembro de 2008
Pinturas Cantadas: arte e performance das mulheres de Naya
Participantes:
domingo, 21 de setembro de 2008
O poeta como nu
um dia apareceu um poeta sem pétalas. nunca tal se vira. sem pétalas, dizia-se, estava igual a nu, coberto de nada que o diferisse, como se ser poeta não trouxesse marcas à flor da pele. algumas pessoas riram-se nervosamente, e só por isso o estranho poeta se foi embora sem outra notícia
Livros de poesia: bruno (2007), pornografia erudita (2007), livro de maldições (2006), o resto da minha alegria seguido de a remoção das almas (2003), útero (2003) , a cobrição das filhas (2001) e três minutos antes de a maré encher (2000). No Brasil saíram seus poemas reunidos em: mil e setenta e um poemas (Thesaurus, 2008)
segunda-feira, 15 de setembro de 2008
Pablo Neruda
Fotografia http://www.darrenholmes.com/
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domingo, 14 de setembro de 2008
Divino combate. Dolorosa peregrinação. Desabei.
... um livro de confissões. Uma peregrinação interior em que a bailarina torce o pé, o saltador derruba a barra, o arquitecto se senta debaixo da abóbada, e no fim, ela desaba. O médico e o seu doente são um só, face dupla da mesma moeda. O médico provoca o Criador, não lhe vai na finta, evita o engodo. Mas no cais despede-se, e pede perdão por não ter sido parceiro para tal desafio.»
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