Nem árvores nem casas existiam
antes que tu tivesses palavras
e todo eu fosse um coração para elas
Invento-te e o céu azula-se sobre esta
triste condição de ter de receber
dos choupos onde cantam
os impossíveis pássaros
a nova primavera
Tocam sinos e levantam voo
todos os cuidados
Ó meu amor nem minha mãe
tinha assim um regaço
como este dia tem
E eu chego e sento-me ao lado
da primavera
Ruy Belo, Poema de Amor: Povoamento, em "Aquele Grande Rio Eufrates"
Açores, Furnas, Novembro 2010
Não passava por aqui faz tempo.
ResponderEliminarBelo continua o teu caderno...
Beijo, iv.
um beijo Maria ...
ResponderEliminar;)
(As Furnas nos Açores, um lugar divino)
Quase se adivinha a aragem!
ResponderEliminarBonita.
ResponderEliminarZ.